São Paulo – O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, esteve, na manhã desta sexta-feira (11/6), na capital de São Paulo e evitou falar sobre estudos que desobrigam o uso de máscara, encomendados pelo presidente Jair Bolsonaro. Queiroga inaugurou leitos de UTI para tratamento de Covid-19, ao lado do prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).

No discurso, o chefe da pasta federal ressaltou a importância da vacinação no país – o que afirmou ser um compromisso dele e de Jair Bolsonaro –, citando com ênfase os imunizantes da Pfizer.

Ao fim da cerimônia, Queiroga evitou falar sobre a questão da obrigatoriedade das máscaras com a imprensa. “O presidente vem acompanhando o ritmo da vacinação no Brasil. Em países que já alcançaram cobertura vacinal ampla, assistimos à flexibilização do uso de máscaras”, disse o ministro.

Confrontado com o baixo índice de vacinação proporcional da população brasileira — apenas 11% —, o titular da Saúde afirmou: “Não sou censor da fala do presidente da República” e se retirou do local.

Em seguida, Ricardo Nunes (MDB) conversou com a imprensa e enfatizou o uso de máscaras pela população. “Em São Paulo, nós vamos cobrar e continuar na mesma linha de que o uso da máscara é muito importante para conter o vírus, absolutamente independente de estudos encomendados para o Ministério da Saúde.”

Máscaras

Na quinta-feira (10/6), o presidente Jair Bolsonaro solicitou que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, emita um parecer para desobrigar o uso de máscaras por pessoas que já tiveram Covid-19 e por vacinados.

Bolsonaro não detalhou como se dará essa “liberação”, já que não há norma federal obrigando o uso de máscaras pela população, mas, sim, decretos estaduais, municipais ou distritais.

Na manhã desta sexta-feira (11/6), o presidente afirmou que cabe aos governadores e prefeitos decidir sobre o assunto.

“Porque quem já foi infectado e quem tomou a vacina não precisa usar máscara. Quem vai decidir é ele, vai dar um parecer, né? Se bem que quem decide, na ponta da linha, é o governador e o prefeito. Eu não apito nada, né? É ou não é? Segundo o Supremo, quem manda são eles. Mas nada como você estar em paz com a sua consciência”, opinou o mandatário. Com informações de Metrópoles.

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