O presidente Jair Bolsonaro defendeu na manhã desta segunda-feira (22/02), em conversa com apoiadores, que a Petrobras tenha maior previsibilidade quanto aos reajustes de combustíveis. Pediu maior transparência quanto aos motivos que levaram os recentes aumentos nos preços cobrados pela petrolífera. As informações são de Poder 360.

Bolsonaro disse que não entende o aumento de 15% anunciado pela companhia no preço do diesel, na semana passada. “Não foi essa a variação do dólar aqui dentro e do barril lá fora”, declarou ele na portaria do Palácio da Alvorada. “O petróleo é nosso ou de um pequeno grupo no Brasil?”, questionou.

Segundo o presidente, ninguém no governo fazia nada para reduzir os preços dos combustíveis. “Tenho que descobrir sozinho”, reclamou.

No fim de semana, o chefe do Executivo disse que órgãos de fiscalização como o Ministério de Minas e Energia, a Receita Federal e o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) deveriam fazer um melhor trabalho. Defendeu maior fiscalização por parte da Receita e do Inmetro para aferir à distância se postos de gasolina estão vendendo as quantidades certas de combustível.

“Alguns estão muito felizes com a política que só tem um viés na Petrobras, de atender interesses de alguns grupos”, afirmou.

Bolsonaro indicou o general Joaquim Silva e Luna para o comando da estatal. Ele deve substituir Roberto Castello Branco, que está no cargo desde o início do governo, em janeiro de 2019. “A gente vai mudar. Mudanças teremos no governo sempre que se fizer necessário”, disse ele.

O presidente criticou ainda a política salarial da Petrobras. Disse aos apoiadores que a chefia da estatal ganha mais de R$ 50 mil por semana e trabalha de casa, por causa do isolamento social, há 11 meses.

Assista abaixo (11min5seg):

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