O presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), declarou domingo (20), em entrevista à CNN, que está “tranquilo” em relação ao processo movido contra ele pela médica oncologista Nise Yamaguchi. Ele e o senador Otto Alencar (PSD-BA) são processados pela médica ouvida na comissão, que pede uma indenização de R$ 320 mil por danos morais dos parlamentares após depoimento no dia 1° de junho à CPI.

“Ela diz que fui passivo, não fiz nada para defendê-la. A CPI já detectou, ela disse que fez três viagens a Brasília, foram 13, das quais oito ela pagou com dinheiro vivo. Ela tem muito mais a explicar do que eu. Eu sou presidente de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, meu comportamento é igual com todos, não há diferença para mim”.

Segundo Aziz, a CPI deverá requisitar boletins e prescrições realizadas pela médica nos hospitais que ela trabalha para investigar a quantidade de pessoas que foram salvas.

“Eu aconselho ela [Nise] ler a nossa nota. Ela se encaixa, está ali. Tanto que ela passou de testemunha a investigada. Antes do processo que está movendo contra mim e o senador Otto, ela vai ter que prestar contas com a justiça dos homens e depois com a justiça divina por ter contribuído muito para chegarmos a meio milhão de mortos no Brasil” afirmou.

Domingo à noite, o advogado da médica, Raul Canal, afirmou, em nota, que as viagens de Nise a Brasília estão dentro da lei.

“A doutora Nise só veio uma vez a Brasília por conta do governo federal a convite pra dar aula aqui em Brasília. Ela recebeu as passagens e as diárias de hotel”, diz Canal.

“E disseram que ela veio treze vezes a Brasília durante a pandemia, veio realmente duas vezes a meu convite, inclusive, pra participar de eventos científico em Brasília e eu, eu paguei as passagens dela”, acrescentou, afirmando que Nise também atende pacientes na capital federal. (Com a CNN Brasil)

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