Nos últimos 31 dias, a cada 40 segundos, 1 brasileiro perdeu a vida pela Covid-19 no Brasil. O mês de março, o pior da história da pandemia no país, termina com índice assustador: foram registrados 66.573 óbitos. Até então, os dias mais “trágicos” tinham ficado para trás, em julho de 2020, quando 32.881 brasileiros morreram com a doença, uma média de 1.060 por dia.

O alto número foi impulsionado por vários recordes ao longo das últimas semanas: em pelo menos 4 dias, o país contabilizou mais de 3 mil mortes diárias e as médias móveis chegaram a taxas nunca vistas. Nesta quarta-feira (31/3), por exemplo, o índice foi a 2.977, o mais alto desde a chegada do Sars-CoV-2 por aqui.

Tarcísio Marciano da Rocha Filho, professor do Instituto de Física e um dos membros de um grupo de pesquisa interdisciplinar que abarca várias universidades brasileiras para estudar o avanço da Covid-19 no país, já havia alertado, em entrevista ao Metrópoles, sobre o aumento de óbitos e casos no primeiro semestre de 2021. “Vamos começar este ano com números preocupantes, e a tendência é crescer ainda mais. A previsão é um novo pico para março e abril, que vai ser ainda mais complicado do que já vivemos.”

Além disso, o caos na Saúde, as longas filas de espera por leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e a vacinação a passos lentos contribuíram para o trágico mês no país.

Pelo Twitter, o doutor em virologia Atila Iamarino, que virou referência no assunto, ressalta a preocupação com o futuro. “Semana a semana batemos as piores projeções. O que nos aguarda em abril?”, questionou. “Mais dois dias e retomamos do México o 2º lugar em mortes absolutas. Nesse ritmo diário, podemos passar até os EUA em alguns meses.” Com informações de Metrópoles.

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