METRÓPOLES – A mãe de Estela Evangelista de Oliveira, Luciana José Evangelista, 24, fez um desabafo emocionante ao jornal O Dia, onde deu detalhes do dia em que a filha desapareceu e pediu justiça pela morte brutal da criança. A menina foi assassinada pelo tio, que confessou o crime nesta sexta-feira 11/10, após ser preso no Rio de Janeiro.

Ela conta que, na sexta-feira 04/11 à noite, brincou com a filha antes de ela dormir e que conversaram bastante. “No sábado, precisei dar uma saída, deixei ela com a minha prima de consideração. Quando voltei, ela me contou que meu irmão tinha pego a minha filha dizendo que ia à praia. Como eles não voltaram, liguei para uma ex-mulher dele. Ela falou que eles não estavam lá”, contou.

Quando ficou sem notícias da menina, ela relata ter ido à 7ª DP (Santa Teresa), mas não conseguiu fazer o registro do desaparecimento de Estela. “Me mandaram para a Cidade da Polícia… Encontram só a minha filha. Acho que se tivessem feito alguma coisa com ele (irmão), os dois teriam aparecidos juntos. Não sei onde ele está nem quero saber. Ele pegou minha filha sem minha autorização. A minha vida acabou. Quero justiça, seja quem for”, desabafou.

Luciana José disse ainda que o irmão, Paulo Sérgio Evangelista dos Santos, sempre foi um tio bom para os sobrinhos e que nunca agiu com violência. “Não consigo entender o que aconteceu”, lamentou.

Morte por asfixia

O laudo preliminar aponta que a morte ocorreu por asfixia mecânica (enforcamento) e não há sinais de que tenha sido vítima de violência sexual. O laudo definitivo, que pode mostrar se houve ou não abuso sexual, sai em até 30 dias. A menina deve ser enterrada na tarde de hoje.

Entenda

De acordo com a investigação, Paulo havia levado Estela, no sábado 05/10, quando saíram juntos para ir à praia, mas não retornaram. O corpo da criança só foi encontrado na quarta-feira 09/10, no Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, onde a família morava. Ela estava sob uma escada, enrolada em um lençol e em um tapete e coberta por sacos plásticos pretos. Estela foi reconhecida por familiares pelas roupas e um colar que usava no dia do desaparecimento.

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