A partir de 2022, em todo o Brasil, a Rede de Educação Adventista vai se adequar ao que é conhecido como o novo Ensino Médio. A mudança na forma como os alunos aprenderão começou com a aprovação da lei 13.415/2017, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e estabeleceu uma mudança na estrutura do Ensino Médio, de acordo com o Ministério da Educação.

Novidades

A principal novidade está no aumento da carga horária dos três anos para este período. A ideia é passar, agora, a ter no mínimo 3.000 horas. Essas horas são divididas em dois blocos, de 1.800 para formação geral básica e 1.200 horas no mínimo para os Itinerários formativos, respectivamente. De acordo com Edgard Luz, diretor da Rede de Educação Adventista na América do Sul, as escolas oferecerão dois itinerários formativos, contemplando aprofundamento nas quatro áreas de conhecimento.

O primeiro itinerário contemplará um maior aprofundamento em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. E o segundo, de Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Para Fúlvia Franks, coordenadora pedagógica da Educação Adventista, esse modelo permitirá que os alunos tenham mais autonomia no seu processo de aprendizagem, além de facilitar a identificação vocacional desse adolescente.

Ambos os itinerários contarão com um bloco comum de linguagens e matemática, além da formação básica geral contemplada nas 1.800 horas, que trará aquelas disciplinas já conhecidas e aplicadas atualmente, no entanto, contextualizadas para um melhor aprendizado.

Flexibilidade e autonomia

O aluno terá a opção de mudar seu itinerário ao longo do ensino médio ao findar cada semestre. “A gente espera trabalhar tão bem com esse aluno na escolha, que ele vá até o término do semestre e prossiga”, explica Fúlvia. Ela continua dizendo que o aluno tem “a oportunidade real de experimentar, de vivenciar áreas diferentes daquela que ele fez na primeira opção”.

Para além desta necessidade, a escola, também, vai oferecer conteúdos eletivos que podem variar na sua forma de aplicação desde a tradicional sala de aula até projetos práticos, oficinas e afins. Para essas, cada unidade escolar terá a autonomia para escolher quais opções oferecerá ao estudante, levando em consideração as potencialidades regionais, valorizando o mercado de trabalho local, além dos potenciais competências de cada indivíduo.

“Nós construímos a proposta baseada em três pilares”, explica Luz. O primeiro deles é a filosofia. “Essa mudança não pode tirar o nosso foco filosófico”, reforça. O segundo é a unidade de rede e o terceiro é a viabilidade. “A educação tem que ser viável”, exclama o educador.

Artigo anteriorVereador Jaildo Oliveira propõe criação no calendário de Manaus da Semana da Economia de Luz
Próximo artigoComo saber se seu filho é apenas impulsivo ou sofre de TDAH