A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta sexta-feira (17/9), operação para investigar os crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, crimes contra o sistema financeiro nacional e corrupção cometidos contra o fundo de pensão dos Correios, o Postalis – Instituto de Previdência Complementar.

São cumpridos 19 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, Paraná e em São Paulo. A Justiça Federal também determinou o bloqueio de bens dos investigados até o limite do valor dos prejuízos já apurados: cerca de R$ 16 milhões.

A operação foi batizada de Amigo Germânico. O termo faz alusão ao codinome de um dos investigados que era referenciado pelos demais membros do grupo como “Amigo Alemão”.

As investigações, realizadas em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), apontam, segundo a PF, que foram criados quatro Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios Não Padronizados (FIDC-NP). Em seguida, diversos ativos do Postalis receberam preços em valor diferente de zero, quando deveriam ter sido reavaliados a valor zero.

“A referida operação, cujos prejuízos foram previamente admitidos pelos alvos investigados, implicou no agravamento da situação já deficitária da entidade”, assinalou a corporação.

Os alvos respaldaram seus atos em pareceres jurídicos, ainda de acordo com a PF, elaborados por pessoas que possuíam interesse direto na indicação das empresas que, posteriormente, seriam escolhidas como gestora e administradora dos recursos dos FIDC-NP.

“Apurou-se ainda que as empresas indicadas para administrar os Fundos de Investimento direcionavam taxas de rebate (comissão) para serem divididos entre os responsáveis pela indicação das empresas que, por sinal, também atuavam no aconselhamento técnico-jurídico do Postalis. Além disso, por meio de transações dissimuladas, também foram direcionadas vantagens indevidas a gestores da entidade de previdência complementar dos Correios”, prosseguiu a corporação, em comunicado divulgado à imprensa.

Os envolvidos poderão responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira e corrupção passiva e ativa com penas que, se somadas, podem chegar a 42 anos de reclusão. Com informações de Metrópoles.

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