O Padre Patrick Fernandes, de 34 anos, virou referência na internet para tirar dúvidas sobre questões religiosas e até apresentar conselhos sobre problemas pessoais de internautas. Mas antes de fazer sucesso com vídeos, ele sofreu com depressão e admite que precisou de ajuda profissional para superá-la.

Patrick contou à revista Quem que sentiu vergonha das pessoas por estar com depressão. “Tentei esconder o máximo que eu pude das pessoas e de mim mesmo. Foi muito doloroso o dia em que cheguei e disse que precisava de ajuda. Foi quando percebi que não tinha mais ânimo, minhas forças já tinham esgotado e fazia as coisas apenas por obrigação. Não tinha mais prazer algum. Estava definhando e refleti que era hora de parar e procurar ajuda. Foi um processo longo. Demorei para reconhecer, porque sempre estive disponível para ajudar pessoas que estavam passando por isso, porque a vida do padre é uma oferta. Reconhecer que quem estava precisando de ajuda era eu, foi muito vergonhoso”.

O padre conta que tomou remédio para se curar. “A gente precisa reconhecer nossos limites, até onde aguentamos ir. Só a fé não seria suficiente para me tirar do buraco e escuridão que eu me encontrava. Ela me auxilia, mas eu precisava de ajuda médica. É difícil esse processo. Procurei psicólogo e psiquiatra, cheguei a tomar remédio. Isso tudo contribuiu para começar a lutar e recuperar minha vontade de viver. Sem dúvida, a ajuda profissional é essencial para quem está passando por isso”,

Patrick diz que nunca pensou em suicídio e acredita que a fé ajudou nesse ponto. “Nunca pensei em me matar. Acho que, graças a minha fé, tinha esperança de que as coisas iriam ficar melhores. Por pior que eu estivesse, acreditava de verdade que iria superar aquilo e aquela dor não iria me vencer. Toda minha fé, mesmo que enfraquecida, me fez dar ainda mais valor a minha vida e buscar forças para me recuperar”.

Se você tem pensamentos suicidas ou se sente extremamente sobrecarregado, ansioso ou depressivo, procure ajuda com médicos, na família ou no CVV (Centro de Valorização da Vida), no telefone 188. (Istoé)

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