Em meio à pandemia do novo coronavírus e ao isolamento social praticado por parte da população, as carteiras digitais – também conhecidas como wallet – ganharam espaço.

A opção, oferecida em forma de aplicativos para smartphones, por exemplo, permite transações eletrônicas em ambiente digital, sem a necessidade de o cliente ter conta em um banco – e muitas vezes em pagamentos por aproximação, sem contato físico com cartão ou manuseio de dinheiro.

Dessa maneira, é possível realizar pagamentos em estabelecimentos, transferir dinheiro, pagar boletos, recarregar celular e, a depender de cada carteira digital, até investir.

“É um novo meio de pagamento, totalmente digitalizado; uma espécie de conta que permite fazer pagamentos rápidos e sem custos”, ressalta a economista Yolanda Fordelone, do canal Econoweek.

Na maioria dos casos, o pagamento pode ser feito ao aproximar o celular de uma maquininha de cartão do supermercado, por exemplo, o que dispensa a necessidade de se andar com um cartão.

“Um outro ponto importante é a segurança, pois os dados das contas digitais são criptografados, e não é preciso compartilhar dados como cartão de crédito”, complementa a especialista.

Algumas carteiras digitais, inclusive, têm sido usadas para driblar, de maneira legal, a limitação imposta pela Caixa Econômica Federal no uso do auxílio emergencial, agora no valor de R$ 300.

Isso porque, num primeiro momento, o governo tem bloqueado as opções de saque e transferência do benefício. Com as carteiras digitais, é possível gerar um boleto e usar o valor de outras maneiras.

“A conta digital resolve o problema do mundo desbancarizado, veio para dar uma solução para o serviço bancário completo”, analisa Thiago Lucena, CEO da Uzzo Pay, uma das carteiras digitais.

A Uzzo Pay é especializada no mercado das criptomoedas. A conta digital se diferencia das demais pois nela é possível comprar ou vender com as bitcoins, por exemplo, além de fazer pagamentos.

“Então, a pessoa pode ir em uma cafeteria e realizar o pagamento com bitcoins, mesmo que o estabelecimento não aceite a moeda digital. A gente que faz a mágica”, explica o empresário.

Um outro exemplo de carteira digital é o PicPay, já bastante conhecido. O aplicativo possibilita o armazenamento de cartões de crédito e a gestão de uma conta com rendimento de 100% do CDI.

Segundo a empresa, o PicPay é aceito em 2,5 milhões de estabelecimentos. Além disso, há diversas situações de pagamentos que podem te render parte do valor da compra de volta (cash-back).

“Para as empresas, o PicPay ajuda não só a ampliar formas de recebimento mas também a gerar fidelização do consumidor, reduzindo o uso do dinheiro vivo e os custos atrelados”, diz a empresa, em nota ao Metrópoles.

Veja exemplos de carteiras digitais:

  • Apple Pay
  • Samsung Pay
  • Google Pay
  • PicPay
  • Iti
  • Recarga Pay
  • Mercado Pago
  • Uzzo Pay
  • Neon

Para colocar dinheiro na carteira, existe uma infinidade de possibilidades, como explica Thiago Lucena, da Uzzo Pay. Uma das formas mais usadas é a recarga via boletos.

“A pessoa gera o boleto com o valor que vai pagar na loteria, nos Correios ou mesmo no banco. Com o pagamento desse boleto, o saldo vai ser disponibilizado para usar como quiser”, explica Lucena, ao ressaltar que a ação também pode ser feita por transferência bancária. (Metrópoles)

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