O pai de Henry, Leniel Borel, revelou, em entrevista à Rede Globo, o último pedido de seu filho, morto no dia 8 de março.

De acordo com a revelação do pai, assim que chegaram no condomínio onde a criança vivia com a mãe e o padrasto, o menino fez um último pedido: “deixa eu ficar mais um dia com você”.

“Quando eu fui entregar para ela, a Monique veio, eu falei ‘vai com a mamãe’, e ele, ‘não papai, não quero ir. Me dá mais um dia. Deixa eu ficar mais um dia com você’. Eu falei vai com a mamãe, porque eu tinha que trabalhar no dia seguinte. E ela falou: ‘filho, amanhã tem escolinha, amanhã tem futebol, natação’. E ele disse ‘não, mamãe, eu não gosto’”, revelou Leniel.

Durante coletiva realizada na manhã dessa quinta-feira (8), o delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP, da Barra da Tijuca, declarou que, o resultado da necropsia de Henry Borel “levantou suspeita desde o início” de que não se tratava de acidente doméstico.

O delegado também afirmou que os depoimentos da mãe, Monique Medeiros, e do padrasto, Dr. Jairinho, foram essenciais para pegar todos os detalhes da fatídica noite em que levaram a criança morta ao hospital.

“Encontramos prints de conversas que foram prova relevante. Era uma conversa entre a mãe e a baba onde ficava revelada uma rotina de violência que o Henry sofria. A babá conta que o Henry conta a ela (para a babá) que o padrasto o pegou o pelo braço, deu uma banda (rasteira) e o chutou”.

Ainda de acordo com o relato da babá, Henry mancava e quando foi dar banho nele, o garoto pediu para que ela não lavasse a cabeça, pois, “estava com dor”.

Os prints da conversa tinham sido deletados, mas, a Polícia, com o uso do software Cellebrite Premium, conseguiu resgatar as mensagens que foram apagadas.

A troca de mensagens entre Monique, e a babá, Thayná, ocorreram entre 16h20 e 18h03 do dia 12 de fevereiro, 26 dias antes da morte de Henry. (Revista Fórum)

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