O governador do Amazonas, Wilson Lima, repudiou com veemência o discurso inflamado do presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas a respeito da aprovação da Lei do Gás.

“É leviana e irresponsável qualquer acusação que faça menção a interesse meu. Não tenho nenhum interesse pessoal e particular no caso. Mas não permitirei que uma decisão tão importante para o Estado do Amazonas, que define questões econômicas fundamentais, seja tomada de maneira intempestiva. Daí porque optei por buscar estudos e avaliações técnicas que embasem minha decisão. O que está em pauta é futuro do povo do Amazonas e não questões meramente políticas”, disse Wilson Lima.

Parecer da Procuradoria Geral do Estado (PGE) apontou a inconstitucionalidade da referida Lei do Gás, vetada por afrontar a Constituição Federal, que estabelece que cabe à União legislar sobre recursos minerais, e também a Constituição Estadual, tendo em vista que a lei criava obrigações à administração estadual, matéria que é de competência do Executivo.

Discurso Inflamado

O clima nesta manhã de terça-feira (14) ensolarada, registrou no termômetro político temperatura elevada lá pelos lados da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam).

Inconformado pelo veto do governo à lei do gás e pela demora do envio de um novo projeto ao poder legislativo, que regulamenta a atividade no Amazonas, com o rompimento do monopólio da Cigás, o presidente da Aleam, deputado Josué Neto (PRTB), não conteve a língua e disparou pesado contra o governo um rosário de acusações e de impropérios.

Josué Neto disse, por exemplo, que O governo, ao criar uma segunda comissão para tratar da nova lei do gás, “caga” na cabeça do deputado Sinésio Campos.

“É tanto cocô que faz esse governo… primeiro cria uma comissão e nomeia o Sinésio como relator, que já concluiu e apresentou o resultado de seu trabalho. Depois, cria uma nova comissão. A título de que”? indaga.

A base do governo manteve-se em silêncio, atiçando ainda mais a irritação do presidente da Aleam, que é o autor do PL que propõe a quebra do monopólio da Cigas.

“Quem é que paga para o governo não querer o fim do monopólio da Cigás? Quanto é que paga o dono da Cigás, o senhor Carlos Suarez, para a nova lei não chegar na Alem? Tomem vergonha na cara.

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