A experiência de parto na água do Centro de Parto Normal Intra-hospitalar (CPNI) da maternidade Balbina Mestrinho foi selecionada para a segunda etapa do projeto “Laboratório de Inovação de Enfermagem”, do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).

O objetivo do projeto, desenvolvido em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil, é reconhecer e dar visibilidade às experiências inovadoras da enfermagem que tenham produzido resultados exitosos na gestão de serviços, na atenção à saúde da população e na educação e formação do profissional.

Nos dias 16 e 18 de março, o trabalho inscrito no projeto, com o título “Mudando a forma de nascer no Estado do Amazonas: implantação de parto na água no CPNI da Maternidade Balbina Mestrinho”, será apresentado presencialmente para a comissão de avaliação. As experiências selecionadas na primeira etapa serão visitadas in loco pela comissão, que vai escolher aquelas que melhor se destacarem.

Para a diretora da Maternidade Balbina Mestrinho, Rafaela Faria, é motivo de orgulho o projeto ter sido selecionado, pois mostra uma particularidade do Estado no atendimento às grávidas e no parto humanizado preconizado pelo SUS. “O Estado do Amazonas precisa demonstrar que ele tem suas peculiaridades, que são trabalhadas por profissionais bem treinados. Temos uma enfermagem obstétrica cada vez mais preparada para estar atuando”.

Segundo a diretora, o reconhecimento do Cofen e da Opas é importante porque coloca as experiências da maternidade como modelo e referência em assistência.

O parto na água foi implantado em junho do ano passado na maternidade Balbina Mestrinho, após a reestruturação do CPNI. A reforma foi feita a partir de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Saúde (Susam) e o Fundo de Promoção Social e Erradicação da Pobreza (FPS).

A obra foi entregue pelo governador Wilson Lima e consistiu na ampliação do CPNI, de duas para quatro suítes. O espaço tem capacidade para 120 partos por mês. Com a reformulação, além do parto na água, a maternidade implantou também outras modalidades, como o parto de cócoras, parto na banqueta e parto na rede.

Também foi implantando protocolo de atendimento humanizado para estrangeiras, indígenas, quilombolas e surdas.

Além disso, os profissionais receberam capacitação para atendimentos em língua espanhola, Língua Brasileira de Sinais (Libras) e tradução do “Juramento do Pai”, durante o Corte do Cordão Umbilical, para o Espanhol e Tukano, que é a língua falada pelo maior número de parturientes indígenas atendidas na maternidade.

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