O pastor Elisamar Miranda Joaquim, detido na última quinta-feira (29/10), publicou um texto nas redes sociais onde dizia que era vítima de perseguição política e se defendeu das acusações pelas quais foi preso. As informações de portal O São Gonçalo.

Segundo a operação conjunta da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e do Ministério Público do Rio (MPRJ), Elisamar, que é candidato a vereador pelo PDT em Belford Roxo, foi detido após ser apontado como um dos chefes da facção Comando Vermelho, que atuava no Complexo do Roseiral, na Baixada, além disso, ele estava envolvido com o tráfico de drogas.

Elizamar disse que a acusação não passa de injúria e calúnia. “Acima de toda falsa acusação, injúria, calúnia e difamação, existe um DEUS vivo, que jamais irá me desamparar! Um pequeno desabafo da minha esposa, juntamente com amigos e companheiros de trabalho, ressaltam quê, por trás da figura de um candidato que está incomodando, existe um ser humano, amigo, pai, marido e, acima de tudo, um homem temente a Deus”, afirmou ele em um texto em suas redes sociais.

Sua esposa, conhecida como pastora Alessandra, também usou suas plataformas de comunicação digital para falar que o marido é um homem íntegro. “Estamos juntos há 17 anos. Pastor Elisamar é um homem íntegro, e a justiça de Deus é que vai prevalecer”, afirmou ela em um vídeo.

Segundo as investigações, e através de gravações telefônica, autorizadas pela Justiça, os agentes da lei conseguiram evidências para acusar Elisamar e mais alguns envolvidos do crime. Segundo a denúncia, o chefe da facção em questão era Eliezer Miranda Joaquim, o Criam, mas, no ano passado, ele teria sido preso pelos policiais. A partir daí, Eliezer usava seu irmão Elisamar para controlar a facção de dentro da prisão.

A facção, agora comandada por Elisamar, ameaçava e oprimia outros políticos que queriam fazer campanha eleitoral na comunidade em questão. Um dos objetivos do grupo também era o de tentar montar uma estratégia para que criminosos conseguissem, a partir do governo do pastor, ter uma influência maior nas instituições públicas. Elizamar também usava da estrutura da facção para conseguir votos para si mesmo.

A facção ainda extorquia comerciantes; monopolizava cestas básicas, água e gás na comunidade; cobrava “taxa” de motoristas de van para circularem na região e explorava moradores de conjuntos habitacionais. Se algum dos moradores não pagasse suas dívidas com o grupo, esses habitantes do local poderiam perder suas casas e serem expulsos da região.

As ligações telefônicas também permitiram que a Justiça descobrisse as funções de cada um e a hierarquia da facção. Com isso, foi possível para a polícia identificar outros suspeitos que também foram detidos na Operação Itália de ontem (29), sendo eles: Ronaldo Lisboa Azevedo, o Gordinho, Jonata Gomes da Silva, o Tobinha ou Paraíba, e Leone da Silva Souza. Com informações de Metrópoles.

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