A Procuradoria-Geral da República (PGR) deu 15 dias para que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, dê informações sobre omissão no fornecimento de oxigênio em Manaus (AM). O ofício foi assinado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, na tarde deste domingo (17/1). As informações são de Metrópoles.

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, Pazuello foi avisado diversas vezes, com pelo menos quatro dias de antecedência, sobre a crise na saúde da capital amazonense. A PGR instaurou uma notícia de fato, um procedimento preliminar que pode ou não levar a um inquérito.

Integrantes do governo do Amazonas e a empresa contratada para o fornecimento do produto, a White Martins, fizeram alertas sobre o problema que estava por vir. Pazuello teria admitido a crise de oxigênio, com aviso até de uma cunhada, durante evento político na última segunda-feira (11/1), de acordo com a Folha.

Aras pediu para que o general apresente informações sobre “notícia de que teria sido previamente avisado, na condição de titular da pasta, ‘sobre a escassez crítica de oxigênio em Manaus por integrantes do governo do Amazonas, pela empresa que fornece o produto e até mesmo por uma cunhada (…) mas não agiu”.

A rede de saúde em Manaus vive um colapso diante da alta de casos da Covid-19 e das internações de pessoas acometidas pela doença. A escassez de oxigênio, produto essencial para tratamento, levou pacientes à morte.

Governo local

O procurador-geral da República determinou, no sábado (16/1), a abertura de inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para apurar eventual omissão do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e da Prefeitura de Manaus quanto ao fornecimento de oxigênio.

Aras também solicitou informações ao ministro da Saúde sobre cumprimento de medidas que são de competência da pasta.

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