Uma Audiência Pública para discutir a criação e implantação do Plano de Mobilidade Urbana de Manaus deverá ser realizada na segunda quinzena de março, de acordo com o presidente da Comissão de Transporte, Viação e Obras Públicas da Câmara Municipal de Manaus (COMTVOP/CMM), vereador Rosivaldo Cordovil (PTN). Nesta sexta-feira (28), o tema foi debatido pela comissão, com a presença do superintendente municipal de Transportes Urbanos (SMTU), Pedro Carvalho, e dos vereadores Waldemir José (PT), Júnior Ribeiro (PTN); Walfran Torres (PTC); e do presidente da COMTVOP.

De acordo com o superintendente da SMTU, Pedro Carvalho é urgente a implantação de um plano de mobilidade na capital amazonense, além da necessidade de aprovação de uma lei que garanta a continuidade do projeto implantado, independente da administração que assumir a cidade.

“A tecnologia que for implantada em Manaus tem que ter continuidade. Não se pode voltar para trás. É necessário que haja uma lei para que a administração que assumir a cidade dê sequência ao desenvolvimento do projeto já implantado, o que não pode é começar, abandonar e decidir por outra tecnologia novamente”, observou.

Conforme as explicações de Carvalho, a implantação do BRS (Bus Rapid Service), é transitória em virtude da Copa do Mundo. Entretanto, a destinação de um corredor exclusivo para os coletivos é um ganho para a cidade, pois a partir dele será possível introduzir uma nova tecnologia de mobilidade coletiva, que trará mais benefícios à população.

Em Manaus a implantação de um metrô, em um primeiro momento, segundo o superintendente da SMTU, não seria viável em virtude dos custos com a infraestrutura do mesmo, e do número de pessoas a serem transportadas. Os sistemas mais viáveis apontados por Pedro Carvalho foram o Veículo Leve sobre Pneus (VLP) e o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), pois no corredor do BRS é possível fazer as adaptações necessárias à utilização dos mesmos.

Ele também chamou a atenção para o fato de que a capital brasileira considerada como o exemplo de mobilidade urbana, Curitiba, só chegou a este nível, devido os projetos que lá foram implantados terem recebido continuidade nas administrações municipais.

Campanhas

Para o vereador Waldemir José é necessário que seja feita uma campanha de conscientização e educação das pessoas a respeito das vantagens no uso do transporte coletivo e particular. O vereador Walfran Torres também chamou a atenção para o fato de que a sociedade precisa saber o que está sendo implantado no sistema de transporte de massa em Manaus, e de que forma a mesma está ocorrendo.

“A cidade amanheceu com uma faixa azul na pista e um corredor para ônibus. Ninguém sabia o que iria acontecer ali”, salientou.

O vereador Júnior Ribeiro chamou a atenção para algumas medidas que podem influenciar no trânsito e no fluxo rápido de veículos, como a regulamentação de horário de veículos pesados – carretas e caminhões -, em vias de grande movimentação, e que não se encontram no Distrito Industrial, onde o acesso, segundo ele, deve ser liberado.

Audiência

“O Plano de Mobilidade Urbana de Manaus começa a ganhar corpo e é de vital importância para a cidade, pois é a partir dele que será definido o futuro do transporte público na capital”, pontuou o vereador Rosivaldo Cordovil.

Segundo ele, uma audiência pública sobre o tema deverá ocorrer na segunda quinzena do mês de março, e deverá contar com a participação de entes envolvidos com o assunto como a própria SMTU; os Institutos Municipais de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans) e de Ordem Social e Planejamento Urbano (Implurb), entre outras instituições e a população de Manaus.

Segundo Cordovil, o transporte de massa em Manaus deve ser priorizado, e o debate desta sexta-feira serviu para mostrar que o processo de implantação do sistema é evolutivo.

“Conforme o superintendente da SMTU (Pedro Carvalho) uma etapa está sendo realizada, a implantação dos corredores exclusivos do BRS. É o começo da implantação de uma tecnologia, mas temos que ter uma solução para médio e longo prazo, por isso é necessário discutir e implantar o plano de mobilidade”, destacou.

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