METRÓPOLES – A população de tigres na Índia cresceu mais de 30% nos últimos quatro anos, revelam dados divulgados nesta terça-feira 30/07 pelo governo indiano. O número de tigres passou de 2.226 em 2014 para 2.967 em 2018.

Com uma população de quase 3 mil tigres, a Índia se transformou em um “dos habitats mais seguros do mundo” para os felinos, anunciou o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, em um ato em Nova Délhi ao apresentar, por ocasião do Dia Internacional do Tigre, o último censo sobre a população estimada deste animal no país.

De acordo com o relatório, a população do felino na Índia aumentou 33% desde 2014. O número de tigres no país mais que dobrou desde 2006, ano da realização do primeiro censo da espécie. A contagem usa novas tecnologias e não só na localização de pegadas, como era feito anteriormente.

Entre as medidas adotadas pela Índia para proteger a espécie ameaçada de extinção está a proteção ambiental por meio da demarcação de reservas. O conflito com humanos, porém, cresceu desde que o país iniciou programas de conservação na década de 1970.

Educação
Especialistas afirmam que o governo indiano precisa fazer ainda mais para educar a população sobre a importância do animal e da preservação de seu habitat. Somente neste ano, mais de 60 tigres foram mortos no país. Por outro lado, 30 pessoas foram mortas por tigres no mesmo período.

Estima-se que em 1900 havia mais de 100 mil tigres no planeta. Devido à caça e à degradação de seu habitat, a população da espécie, no entanto, foi reduzida a menos de 3.200 exemplares em 2010. Nesse ano, a Índia e outros 12 países asiáticos, incluindo Rússia e China, assinaram um acordo no qual se comprometem a duplicar a população mundial de tigres até 2022.

Atualmente, a Índia acolhe 70% da população mundial de tigres, uma espécie que também subsiste em outros países asiáticos, como Bangladesh, Vietnã, Tailândia, Nepal e Camboja. Acredita-se que 40 mil exemplares tenham vivido no país na época de sua independência do Reino Unido, em 1947.

O tigre é muito apreciado em países como a China para elaborar remédios tradicionais e o tráfico na Ásia é uma das maiores ameaças para a preservação da espécie.

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