Por 69 votos a 0, o plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou o prosseguimento do processo de impeachment contra o governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), suspeito de ter cometido crime de corrupção na área da Saúde durante a pandemia. Ele será afastado simbolicamente por 180 dias.

Com a aprovação do processo hoje, o caso segue para um tribunal, composto por cinco deputados e cinco desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ). A comissão mista vai concluir se foi cometido crime de responsabilidade ou não pelo governador.

Witzel já está afastado do cargo desde o final de agosto, por decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Benedito Gonçalves. A decisão do magistrada foi aprovada pela Corte Especial do tribunal, que manteve o afastamento por 14 votos a um.

Segundo as investigações, ele teria recebido propina de empresas ligadas ao esquema de corrupção através de contratos firmados com o escritório da primeira-dama, Helena Witzel. Estima-se que ele tenha recebido pelo menos R$ 554,2 mil. O esquema foi revelado pela Procuradoria Geral da República (PGR) ao apurar irregularidades em contratos dos hospitais de campanha, de compra de respiradores e medicamentos.

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