A reportagem sobre denúncia de pacientes amarrados em macas por falta de sedativos gravada por uma pessoa anônima dentro do Hospital Jofre Cohen e veiculada no Jornal Nacional é considerada de caráter sensacionalista por ausência de maior apuração dos fatos e não condiz com a verdade. É o que reafirma o prefeito de Parintins, Frank Bi Garcia, em carta aberta cobrando da Rede Globo o direito ao contraditório em rede nacional. 

O administrador público do maior município do interior do Amazonas lamentou que a repercussão da notícia classificada como infeliz, por ausência de aprofundamento da apuração dos fatos por parte da equipe jornalística, tenha deixado em choque e abalado emocionalmente muitas famílias parintinenses, em um dos momentos mais críticos da pandemia da Covid-19 em que os números de internações ultrapassaram 100 pacientes.

Para a Prefeitura de Parintins, momentos de sofrimento exigem mais compaixão das pessoas e isso também pode ser traduzido em compreensão. “Faltou à equipe jornalística maior apuração dos fatos e isso concedeu à matéria um caráter sensacionalista. A denúncia de que os pacientes estavam amarrados por falta de sedativos é incorreta. No hospital Jofre Cohen nenhum paciente ficou sem sedativo”, declarou.

O prefeito de Parintins esclareceu publicamente que, na ocasião em se tratando dos fatos abordados na reportagem exibida no Jornal Nacional, o medicamento foi reposto antes do término através de empréstimo do Hospital Padre Colombo, prestador de serviço do sistema de saúde do município. Mesmo com o alto consumo diário, devido ao elevado índice de enfermos em estado grave, a Prefeitura de Parintins declarou que nunca faltou medicação.

Frank Bi Garcia explicou que fazer a contenção mecânica do paciente sedado é um procedimento padrão de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), para evitar que a pessoa remova os dispositivos que garantem a vida, a sobrevivência, como cateteres das centrais condutores de medicação aos organismos e que asseguram a respiração por meio do aparelho. 

Conforme o prefeito, nos vídeos apresentados no foco da reportagem, os pacientes não demonstravam sinais de inquietude ou agitação, o que comprova que, realmente, estavam sedados, segundo parecer técnico do médico intensivista, Nestor Cordeiro dos Santos Neto. “Eu espero que o Ministério Público esclareça o que aconteceu em Parintins, o que está acontecendo, e que a imprensa tenha a decência de se retratar com a população”, cobrou o médico intensivista. 

“Portanto, tendo em vista tudo que foi apresentado, solicitamos o direito de resposta no intuito de esclarecer a verdade e acalmar os ânimos das famílias e de toda a população parintinense”, reforçou Frank Bi Garcia. Em janeiro, a Globo já havia colocado o nome do Hospital Jofre Cohen em reportagem no programa Fantástico, apontando que um paciente teria morrido por falta de oxigênio e que a Prefeitura de Parintins tinha alugado duas usinas de oxigênio, quando, na verdade, as usinas foram compradas pelo município.

CARTA ABERTA À REDE GLOBO

A Prefeitura Municipal de Parintins vem por meio desta carta solicitar o esclarecimento e direito de resposta referente à denúncia contra o hospital Jofre Cohen apresentada na reportagem do Jornal Nacional.

Vivemos um dos períodos mais críticos dessa pandemia. E a repercussão dessa infeliz notícia deixou em choque muitas famílias parintinenses.

Momentos de sofrimento exigem mais compaixão das pessoas. E isso também pode ser traduzido em compreensão. Faltou à equipe jornalística maior apuração dos fatos e isso concedeu à matéria um caráter sensacionalista.
A denúncia de que os pacientes estavam amarrados por falta de sedativos é incorreta.
No hospital Jofre Cohen nenhum paciente ficou sem sedativo. Na ocasião, o medicamento foi reposto antes do término através de empréstimo do hospital Padre Colombo, prestador de serviço do sistema de saúde do município.
Mesmo com o alto consumo diário devido ao elevado índice de enfermos em estado grave, nunca faltou medicação.
Além disso, fazer a contenção mecânica do paciente sedado é um procedimento padrão de UTI, regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), para evitar que a pessoa remova os dispositivos que estão garantindo a vida, a sua sobrevivência, como cateteres das centrais que levam medicação para organismos e que garantem a respiração por meio do aparelho.

Conforme os vídeos apresentados, os pacientes não demonstravam sinais de inquietude ou agitação. Isso comprova que realmente estavam sedados. Aqui cabe ressaltar que este é um parecer técnico feito pelo médico intensivista, doutor Nestor Cordeiro dos Santos Neto, CREMESP 133421. “Eu espero que o Ministério Público realmente esclareça o que aconteceu em Parintins, o que está acontecendo, e que a imprensa (Rede Globo) tenha a decência de se retratar com a população”.

Portanto, tendo em vista tudo que foi apresentado, solicitamos o direito de resposta no intuito de esclarecer a verdade e acalmar os ânimos das famílias e de toda a população parintinense.

Frank Bi Garcia
Prefeito de Parintins

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