Após identificar alguns usuários com registro de informações incorretas no Imuniza Manaus, sistema de cadastro e agendamento eletrônico da Prefeitura de Manaus para a vacinação contra a Covid-19, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) reforça o alerta para que as informações cadastradas sejam, obrigatoriamente, comprovadas nos postos, não sendo permitido vacinar os que não se enquadrem nos critérios de idade e doenças preexistentes contempladas na etapa atual da campanha.

Pessoas de 18 a 59 anos, com comorbidades, integram o grupo prioritário logo abaixo dos idosos, conforme definido pelo Ministério da Saúde. A prefeitura antecipou o atendimento desse grupo depois de ter cumprido todo o calendário de vacinação dos que têm 60 anos ou mais e ter superado a meta de vacinar, com a primeira dose, todos os grupos acima de 65 anos e trabalhadores de saúde.

“Considerando a disponibilidade de doses, que foram remanejadas para que pudéssemos avançar para o grupo das comorbidades, priorizamos as cardiopatias, o diabetes mellitus e a obesidade grave, que, dentre as comorbidades, respondem pelo maior índice de internação e morte quando associadas à Covid”, explica a secretária municipal de saúde interina, Aline Rosa Martins. Além disso, o município definiu o atendimento escalonado por faixa etária, iniciando, na semana passada, com as pessoas de 55 a 59 anos, avançando no sábado, 3/4, com as de 50 a 54 anos e, a partir desta terça-feira, 6/4, com as de 45 a 49 anos.   

Os que se encontram nas condições exigidas devem fazer o cadastro corretamente no Imuniza e apresentar, nos postos de vacinação, os documentos comprobatórios. “Os demais devem aguardar a sua vez, evitando transtornos na hora do atendimento”, orienta Aline. Ela salienta que houve casos de divergência entre o que foi informado ao sistema e as declarações apresentadas, além de portadores de outras cardiopatias não contempladas terem ido aos postos em busca da vacinação.

Para comprovar que é portador de uma das doenças prioritárias, conforme cadastrado no Imuniza Manaus, o usuário deve apresentar laudo médico e, no caso de obesidade, laudo assinado por qualquer profissional de saúde de nível superior (médico, enfermeiro, nutricionista, farmacêutico, educador físico ou outro). Para os diabéticos, é válido apresentar receita médica, desde que em papel oficial do Sistema Único de Saúde (SUS) ou da rede privada. Os laudos e as receitas não precisam ter data recente, sendo aceita qualquer data de emissão, uma vez que se tratam de condições de saúde permanentes.

A secretária ressalta que, apesar de aceitar o cadastro de todos, o sistema agenda eletronicamente apenas os que atendem aos critérios para vacinação, conforme cada etapa da campanha. “Os critérios precisam ser respeitados para garantirmos vacina aos que estão mais vulneráveis e para assegurar transparência e segurança na execução da campanha, conforme as diretrizes de gestão defendidas pelo prefeito David Almeida”, destaca.

Dados do “Vacinômetro” municipal, desta segunda-feira, 5, mostram que 14.187 pessoas com comorbidades já haviam sido vacinadas desde o dia 29/3, quando a Prefeitura de Manaus iniciou a nova etapa de imunização.

Além do atendimento das pessoas com comorbidades, entre 50 e 59 anos, e do novo grupo de 45 a 49, que começa a ser vacinado nesta terça-feira, 6, a campanha municipal de vacinação contra a Covid-19 continua aberta para a primeira dose das pessoas de 60 anos ou mais que, por algum motivo, ainda não se vacinaram, e para a segunda dose dos trabalhadores de saúde.

De acordo com a Semsa, nesta semana, também será iniciada a segunda dose dos idosos que receberam CoronaVac e que se encontram no período de 21 a 28 dias após a primeira dose.

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