Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), deu início na quarta-feira, 3/3, à programação anual de Direitos Humanos com a participação de Organizações da Sociedade Civil (OSCs) representantes de povos indígenas, de terreiro, populações negras, Pessoas com Deficiência (PcD) e grupo LGBTQIA+. As ações para esses públicos serão desenvolvidas ao longo do ano, sendo concluídas no dia 10/12, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

“Esse ano, a Prefeitura de Manaus lança uma campanha realmente permanente, socioeducativa. Vamos realizar ações de orientação e de sensibilização, além de atividades concretas junto aos públicos específicos que iremos atender”, afirmou a subsecretária de Políticas Afirmativas para as Mulheres e Direitos Humanos, Graça Prola.

A primeira ação acontece na noite e madrugada desta quarta, e quinta-feira, 4, nas garagens de ônibus do transporte coletivo da cidade, onde serão afixados cartazes com orientações sobre quais são os direitos humanos e quais os canais de atendimento para quem não tiver os seus direitos respeitados.

Fotos – Divulgação / Semasc

“Sabemos que ainda há uma série de situações que precisamos esclarecer a respeito dos direitos humanos e esse é um momento importante para isso. Esperamos combater o processo de violação de direitos, que há muito tempo vem acontecendo de forma muito forte em nossa sociedade”, destacou a secretária da Semasc, Jane Mara Moraes.

Para a presidente do Instituto de Apoio aos Povos Originários da Amazônia (Iapoam), Kamila Mura, falta respeito da sociedade às tradições indígenas. “Se um indígena for para a parada de ônibus de cocar, as pessoas vão rir da nossa cara. A Amazônia, Manaus, é a nossa casa. Nós temos o direito de ir e vir. Nós não somos excluídos, nós não somos minoria. Nós somos maioria. O sistema vem tentando nos engolir, mas enquanto tiver um indígena vivo, nós vamos lutar pelos nossos direitos”, declarou.

O presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CMDPD), Neyrimar Furokawa, também ressaltou que uma agenda permanente é fundamental para que os direitos das pessoas com deficiência sejam respeitados. “Nós precisamos de atenção às nossas necessidades. A campanha precisa chegar à toda sociedade para que todos juntos, possamos pensar de forma coletiva, de que forma vamos garantir que os nossos direitos serão preservados”, concluiu.

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