O Dia “D” da nova etapa da Campanha Nacional contra o Sarampo, realizado pela Prefeitura de Manaus neste sábado, 15/2, mobilizou equipes da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) em 133 postos de vacinação espalhados por toda a cidade, e que funcionaram das 8h às 17h. O público-alvo foram as pessoas na faixa etária de 5 a 19 anos. A concentração aconteceu na Unidade Básica de Saúde (UBS) Leonor de Freitas, na avenida Brasil, s/nº, Compensa, na zona Oeste.

O secretário Municipal de Saúde, Marcelo Magaldi, lembrou que embora Manaus já tenha conseguido, há cerca de um ano, finalizar o surto que ocorreu na cidade em 2018, a Prefeitura segue acompanhando, como forma de prevenção, as campanhas nacionais para assegurar, ainda mais, o cuidado com a saúde da população, conforme orienta o prefeito Arthur Virgílio Neto.

“Hoje nós estamos seguindo a etapa estabelecida pelo Ministério da Saúde, que determinou o reforço da vacina contra o sarampo para crianças e jovens, na faixa etária dos 5 aos 19 anos. Mas destacamos que é fundamental que todos sejam vacinados porque o sarampo é uma doença que pode levar à morte e a única forma de prevenir é com a vacina. Temos muitas cidades do Brasil enfrentando esse problema, pelo qual já passamos. Nós pedimos à população que não deixe de comparecer a uma UBS para tomar a vacina, que os pais levem as crianças. Essa campanha ainda seguirá até o dia 13 de março, mas a Semsa tem as vacinas à disposição durante o ano inteiro, gratuitamente”, ressaltou Magaldi, lembrando que “Manaus está livre do sarampo, mas isso não significa dizer que devamos baixar a guarda”, concluiu.

A secretária Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania, Conceição Sampaio, enfatizou a importância do comparecimento às salas de vacina. “Graças a Deus, há um ano nossa cidade está livre do sarampo, mas é preciso lembrar que não somente hoje, no Dia D, nesse chamamento do Ministério da Saúde, a Prefeitura de Manaus vem fazendo de forma contínua essa imunização. O Brasil perdeu a certificação de ‘país livre do sarampo’, conferida pela Opas, a Organização Pan-americana de Saúde, portanto, todos os esforços são no sentido de recuperar esse certificado, que não é apenas um pedaço de papel, mas a demonstração de que aquele país continua com essa doença erradicada”, disse Conceição.   

Foto: Alex Pazuello / Semcom

A campanha foi iniciada no dia 10 de fevereiro e segue até o dia 13 de março nas unidades de saúde da rede municipal. A vacina tríplice viral, que imuniza contra sarampo, caxumba e rubéola, está disponível para a população na rotina de serviços das unidades de saúde durante todo o ano para pessoas na faixa etária de seis meses a 49 anos.

Atualmente, o esquema vacinal contra sarampo inicia aos seis meses de idade com uma dose extra da tríplice viral, seguindo o esquema de rotina aos 12 meses de idade e complementação com uma segunda dose a ser realizada com a vacina tetra viral aos 15 meses de idade. Pessoas até 29 anos sem vacinação, devem receber duas doses. Para adultos de 30 a 49 anos sem vacinação, a recomendação é dose única da tríplice viral.

“O sarampo é uma doença grave e o vírus é de alta transmissibilidade, que pode causar a morte do paciente, principalmente quando atinge crianças. A vacina é a única forma de proteção contra o sarampo e as pessoas devem ficar atentas para  completar o esquema vacinal”, alerta a diretora do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica (Devae) da Semsa, enfermeira Marinélia Ferreira.

Infecção

O sarampo é uma doença infecciosa causada por um vírus e a transmissão ocorre quando uma pessoa doente elimina gotículas de secreções por meio da tosse, da fala e espirros, infectando outras pessoas. Os principais sintomas são: febre acompanhada de tosse; irritação nos olhos; nariz escorrendo ou entupido; mal-estar intenso; e manchas vermelhas. As complicações pelo sarampo incluem cegueira, diarreia grave, encefalite, infecções no ouvido e infecções respiratórias graves, como pneumonia, podendo levar ao óbito.

De acordo com informações do Ministério da Saúde, este ano nove estados brasileiros mantêm transmissão ativa do sarampo, com cinco estados tendo casos já confirmados da doença: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Pernambuco.

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