A Prefeitura de Manaus iniciou na quinta-feira, 22/7, uma maratona de reuniões e vistorias nos prédios das unidades de ensino da Secretaria Municipal de Educação (Semed), com o intuito de mudar o formato das aulas a partir de agosto. A meta é que os alunos do 5º ao 9º ano do ensino fundamental voltem a ter aulas 100% presenciais, após todos os professores receberem a segunda dose da vacina contra a Covid-19.

“A pedido do prefeito David Almeida, estamos reunindo com os 510 gestores para discutir as deficiências que ainda existem nas escolas, que dizem respeito à infraestrutura e de pessoal para que a gente possa buscar maior eficiência no retorno presencial das nossas aulas. Tenho certeza de que este trabalho está sendo entendido pelos gestores e logo que pudermos e com todos os trabalhadores da educação imunizados, estaremos aptos para o retorno presencial 100%”, afirmou o secretário municipal de Educação, Pauderney Avelino.

O encontro ocorreu com gestores das Divisões Distritais Zonais (DDZs) Sul, Norte, Leste 1 e 2 da Semed. Na próxima semana, a ação acontece com as DDZs Oeste, Centro-Sul e Rural.

Para o chefe da Divisão Geral dos Distritos (DEGD), Júnior Mar, a volta das aulas presenciais é muito necessária para saber como está realmente o nível de aprendizagem dos alunos.

“As aulas on-line foram uma saída para manter a educação mediante a tudo o que vivemos na pandemia, mas agora é necessário esse retorno. A aula presencial é insubstituível, então é imprescindível que os nossos estudantes voltem para a escola, por isso estamos realizando essas reuniões para encontrar o melhor caminho para esse retorno de forma total”, completou Mar.

A primeira reunião foi com a DDZ Sul no auditório da Fundação Mathias Machline (antiga Fundação Nokia), no Distrito Industrial, zona Sul de Manaus. E todos os gestores se mostraram a favor do retorno presencial de todas as modalidades de ensino.

A gestora do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Olavo Bilac, Ellen Almeida dos Santos, falou sobre a importância das aulas presenciais para a educação infantil.

“É muito importante que a educação infantil também retorne, nós precisamos que o trabalho com as crianças aconteça, e para isso é necessário que elas estejam 100% na escola. Nesse processo de pandemia, de aulas on-line, observamos hoje a deficiência em relação a aprendizagem, os primeiros anos de estudo são a base que qualquer processo de ensino aprendizagem”, afirmou

Com a DDZ Leste 2, o encontro ocorreu no auditório do Instituto Soka Amazônia, na Colônia Antônio Aleixo, e os diretores também apoiaram o retorno, mediante algumas alterações necessárias de cada unidade de ensino, como disse a gestora da escola municipal São Luiz, Érika de Oliveira.

“A equipe gestora das escolas da DDZ Leste 2 deseja esse retorno presencial. Nossas escolas têm capacidade de receber os alunos, precisamos de alguns ajustes, manutenção, assim como alguns recursos mínimos e básicos, além dos procedimentos de segurança. Nosso trabalho vai ser redobrado na volta das aulas totalmente presenciais, mas temos o apoio dos pais, que também querem que isso aconteça o mais rápido possível”, pontuou.

Pela parte da tarde, o encontro foi com as DDZs Norte e Leste 1, também na Fundação Mathias Machline, e a resposta sobre a volta das aulas diárias também foi vista como positiva.

“Precisamos retornar o mais rápido possível, cumprindo todos os cuidados, prezando sempre pela vida. Todos os gestores concordam com esse retorno, somos professores e estamos aqui para isso”, pontuou a gestora da escola municipal Dom Milton Corrêa, Alcinea Albuquerque Petrelli, que atende 1.080 alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental.

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