O presidente Jair Bolsonaro afirmou domingo (3) que é grande a probabilidade de ele deixar o PSL e fundar uma nova sigla. “É 80% para sair e 90% para criar um novo partido, que vai começar do zero. Sem televisão, sem fundo partidário, sem nada”, disse o presidente, em entrevista ao Domingo Espetacular, da TV Record.

Bolsonaro disse que a perspectiva é recolher assinaturas junto ao eleitorado para que o partido esteja pronto “até março”.

“Eu posso sair do partido. Eu quero apenas uma determinação: transparência. Mais nada. Eu não estou brigando por recurso do fundo partidário. Eu quero que o partido não tenha problema com as eleições municipais do ano que vem e com uma possível reeleição minha em 2022”, disse Bolsonaro, voltando a lembrar a próxima eleição presidencial. Neste domingo, o seu filho deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) também declarou que “o mais provável é a não permanência” na sigla pela qual ele e o pai se elegeram em 2018.

Em briga com o PSL há alguns meses, o presidente enviou emissários para saber se o Partido Militar Brasileiro pode abrigá-lo, caso decida deixar a legenda pela qual foi eleito. A nova sigla é articulada pelo coordenador da bancada da bala, deputado Capitão Augusto (PL-SP), e está em fase final de criação, aguardando apenas o aval do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Um dos emissários foi o ex-deputado Alberto Fraga (DEM-DF), ex-coordenador da bancada da bala e amigo pessoal de Bolsonaro. Há duas semanas, ele procurou o deputado do PL por telefone para saber o que faltaria para colocar a nova legenda de pé.

O pedido de criação do Partido Militar Brasileiro foi protocolado na Corte Eleitoral em fevereiro de 2018, após Augusto cumprir todas as etapas para o registro – coletar ao menos 491,9 mil assinaturas em, no mínimo, nove Estados, preparar estatuto e programa partidário e realizar ato de fundação. Até hoje, porém, o TSE não definiu um relator para a solicitação e não há prazo para que isso ocorra. (veja.com)

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