EREVAN, 24 JAN (ANSA) – O presidente da Armênia, Armen Sarkissian, cujo papel é protocolar, anunciou sua renúncia ao cargo no último domingo (23), alegando que a legislação atual não garante ferramentas para seu gabinete influenciar a política do país durante a atual crise.   

A decisão foi tomada após a nação enfrentar um período de instabilidade com dificuldades econômicas e depois de uma guerra com o Azerbaijão pelo controle da região de Nagorno-Karabakh. 

O confronto provocou mais de 6 mil mortes, e a humilhante derrota da Armênia desencadeou diversos protestos sociais e uma crise interna. Sarkissian, que assumiu a presidência em 2018, enfrentou impasses com o primeiro-ministro Nikol Pashinyan.  

“Pensei por muito tempo e decidi me demitir após quatro anos de trabalho ativo porque o presidente não tem as ferramentas necessárias para influenciar os importantes processos de política externa e interna em tempos difíceis para o povo e o país”, afirmou o líder da nação em nota oficial.   

De acordo com Sarkissian, esta não é uma decisão emocional e segue uma lógica específica”. Ele denunciou “uma realidade em que o presidente não pode vetar leis que considera ruins”.   

“Espero que as mudanças constitucionais possam ser implementadas e que o próximo presidente e a administração presidencial possam operar em um ambiente mais equilibrado”, acrescentou o comunicado.   

O anúncio é feito após uma desavença entre o presidente e o premiê armênio por causa da demissão do chefe do Estado-Maior do Exército. Sarkissian rejeitou assinar a ordem de Pashinyan pela demissão, em uma decisão considerada como um duro golpe para o criticado primeiro-ministro. (ANSA)

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