Um produtor do “BBB” está sendo acusado de assédio sexual após uma estudante de odontologia abrir um boletim de ocorrência contra ele na Delegacia da Mulher de Belo Horizonte, em 23 de maio deste ano. As informações são do UOL.

Aline Vargas, de 35 anos, diz que, em janeiro deste ano, durante um processo para entrar na casa do “BBB22“, o produtor teria pedido fotos nuas como condição para que ela passasse para a próxima fase da seletiva.

Ainda de acordo com o UOL, um inquérito foi instaurado pela Polícia Civil de Minas Gerais para apurar o caso. De acordo com o boletim de ocorrência obtido pelo site, “o autor disse que deveriam ter mais fotos sensuais. ‘Gostosa de biquíni’. A vítima disse que não teria fotos de biquíni”, diz o documento.

“O autor então pediu fotos nuas: ‘Me envia uma foto pelada’. A vítima desviou o assunto, porém ele insistiu para que ela enviasse uma foto ‘pelada e sexy’. Que a vítima com medo de perder a oportunidade, tentou responder de forma a dissuadi-lo daquela ideia. (…) O autor enviou a seguinte mensagem para a vítima: ‘Bom dia, você tem poucas chances, você é casada, não é um perfil que agrada, boa sorte’, diz o B.O.

Ao UOL, a estudante contou que demorou a procurar a polícia para denunciar o caso porque ficou mal com a situação. “Quando sofri o assédio, fiquei em estado de choque, chorando muito e sofrendo muito, meu marido pediu para eu ter calma”, disse Aline.

“Resolvi denunciar assim que minha ficha caiu e estava um pouco melhor. Sempre fui feminista e ativa, criei coragem e denunciei mesmo. Tenho certeza que existem várias e vários que passaram por isso, porém nunca denunciaram por medo, pois vivemos em uma sociedade onde a vítima é questionada e não o assediador”, completou a estudante.

Procurada pelo UOL, a Globo disse em nota que o funcionário acusado por Aline não trabalha mais na empresa.

“O colaborador em questão não está mais na empresa. Aproveitamos para reiterar que temos um Código de Ética, que deve ser seguido por todos nossos colaboradores, e uma ouvidoria pronta para receber quaisquer relatos de violação ao Código. Todo relato é apurado criteriosamente assim que a empresa toma conhecimento e as medidas necessárias são adotadas”, diz a nota.

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