Com o projeto “É meu direito comer tudo de bom”, a professora Marinês Batista Motta, do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Maria do Céu Vaz D’Oliveira, no Planalto, zona Oeste de Manaus, é um dos destaques da 7ª edição do Prêmio Professores do Brasil, do Ministério da Educação (MEC), em solenidade que será realizada nos dias 12 e 13 de dezembro, em Brasília.

O projeto foi vitorioso na categoria de tema livre, e subcategoria de educação infantil, ficando entre os oito destaques da Região Norte, junto com outros de todo o País. Com o destaque, a educadora receberá o prêmio no valor de R$ 6 mil.

A ação faz parte do Programa “Saúde na escola”, idealizado pela Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), com o Programa “Saúde do Escolar”, cujo foco principal é a saúde da comunidade escolar.

O projeto atende 240 alunos da unidade educacional e tem como objetivo fazer conhecer os benefícios da ingestão de frutas, verduras, legumes, grãos, cereais e água para a aquisição de uma alimentação saudável, assim como valorizar atitudes relacionadas à saúde e ao bem estar individual e coletivo.

O programa proporciona ainda a educandos, educadores, pais e comunidade momentos de conhecimento, reflexão e boas práticas quanto aos benefícios de uma alimentação saudável, a fim de evitar as doenças relacionadas à alimentação incorreta, como pressão alta, diabetes, obesidade, anorexia, entre outras.

A comunidade escolar infantil tem como base a horta do CMEI, onde podem plantar tomate, alface, cheiro verde, cebolinha, coentro, couve e chicória. As crianças participam direto com plantio, colheita, cuidados e no consumo, que reforçam o cardápio da merenda escolar e os itens do Programa de Alimentação Escolar da Semed.

De acordo com a educadora Marinês Batista Motta, a ideia surgiu a partir de um questionamento de um aluno relacionado ao jambo (fruta). A partir daí, foi idealizado o projeto, motivando o grupo a buscar mais explicações sobre os benefícios das frutas, ampliando o conhecimento dos alunos sobre alimentação saudável.

“Nós constatamos que muitas crianças traziam guloseimas, frituras, produtos industrializados que não são fonte de vitaminas adequadas, e que devíamos encontrar um meio de conscientizá-los sobre o mal de consumí-los. Daí nasceu a ideia. Vale ressaltar que só conseguimos executar tudo com muito sacrifício, pois tivemos que estar na escola até nas horas de folga”, explicou a educadora.

É importante mencionar que o projeto em questão foi, também, destaque pedagógico da Semed, e que alunos participaram do evento realizado pela secretaria que homenageou a unidade no ano passado.

A professora conta ainda como o projeto ajudou no andamento das atividades do CMEI: “Esse projeto tem mudado, inclusive nossas vidas, de nós educadores socialmente, ao incluir alimentos mais saudáveis na nossa dieta. Valeu todo o empenho da equipe, dos pais, de todos que nos ajudaram”, reforçou Marinês.

Para a diretora do CMEI Maria do Céu, Norma Angélica, o programa tem ajudado, contribuído e hoje faz parte da mesa dos alunos, que tem participação efetiva na horta escolar da unidade.

“Nós temos três refeições no turno da manhã e mais três no turno da tarde, e o projeto tem contribuído com o cardápio da escola, o que é gratificante. Nós nos sentimos muitos honrados com esse prêmio desenvolvido em nossa comunidade escolar. Esse ano foi o ápice do projeto, principalmente por meio do Programa de Alimentação Escolar, instituído pelo secretário da Semed, Pauderney Avelino”, disse.

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