O ano de 2020 marcou o enfrentamento de uma nova pandemia em nível global. O surto de covid-19 ressignificou muitas relações sociais, mas a reconfiguração das formas de se relacionar já vinha ocorrendo há alguns anos. Foi a partir da observação dessas novas relações que o projeto Convers(A)ções Sobre o Corpo Cênico Contemporâneo: Diversidades foi concebido. Previsto para ocorrer do dia 30/11 a 23/12, o projeto desdobra-se em Oficinas, conversações/diálogos e performances.

O projeto, idealizado pelo artista Francisco Rider, pretende discutir algumas das diversas abordagens do corpo cênico contemporâneo, na visão de artistas e pesquisadores, amazonenses e nacionais, atuantes na dança, com diversidade de abordagens e pesquisas. Os três eixos serão desenvolvidos em modo remoto, através de plataforma digital e divulgado por meio das redes do Pitiú Textual das Artes.

Tuca Pinheiro

Oficina: “A Urgência da ineficiência e a errância dos corpos no processo criativo em dança contemporânea”, de Tuca Pinheiro, propõe outras lógicas e dispositivos para revisitar os arquivos corporais já construídos. A arte como espaço aberto ao erro e à experiência.

30/11 a 03/12: das 14:30 às 17h (BH: 15:30 às 18h); e 04/12: das 14:30 às 16:30h (BH: 15:30 às 17:30).

Tuca Pinheiro é bailarino, coreógrafo, professor e pesquisador em dança contemporânea. Atuou como bailarino da Companhia de Dança do Palácio das Artes (BH), Balé Teatro Guaíra (PR) e Grupo de Dança Primeiro Ato (BH). Já coordenou oficinas e se apresentou nos seguintes festivais: MOVE Berlim, Panorama de Dança do Rio de Janeiro, Bienal de Dança SESC Campinas, FID – Fórum Internacional de Dança e Le Manifeste, na França. Já dirigiu e assinou trabalhos coreográficos para as companhias Balé Teatro Castro Alves, G2 Cia de Dança do Teatro Guaíra, Cia de Dança do Palácio das Artes, Cia Teatro Luna Lunera, Grupo de Dança Primeiro Ato, dentre outros. Professor convidado a ministrar aulas e oficinas para os seguintes grupos, companhias e festivais, a saber: Grupo Corpo, Corpo Escola de Dança, Grupo de Dança Primeiro Ato, Balé Teatro Guaíra, Casa Hoffmann, Festival Zone Sude (França), Festival Le Manifeste (França), Coletivo Lagoa (Lisboa), Festival de Cadiz (Espanha), Festival de Manizales (Colômbia), entre outros.

Luciana Lara

Oficina:  Ao vivo mas nem tanto – Corpo e Percepção nas telas on line-O que pode um corpo na tela ao vivo e on line?

Experimentação e estudos práticos a partir das especificidades do espaço, da relação com a câmera e da percepção mediados pelas telas dos computadores e dispositivos móveis. Pesquisa de linguagem e investigação da imagem, presença e movimento. Questionamentos para uma dança ao vivo on line.

08 a 12/12 de 14:30 às 17 horário de Manaus (Brasília – 15:30 às 18hs).

Luciana Lara é fundadora, coreógrafa e diretora artística da Anti Status Quo Companhia de Dança (1988). Pesquisadora e professora de dança contemporânea há 40 anos. Mestre em artes no Programa de Pós-graduação em Artes da Universidade de Brasília – Unb. Fez especialização em Coreologia, Coreografia e Design Visual para dança no Laban Centre for Movement and Dance em Londres – Inglaterra (1996-1998), com bolsa do programa APARTES da CAPES. É graduada em Licenciatura em Artes Cênicas pela Fundação Brasileira de Teatro – Faculdade de Artes Dulcina de Morais em Brasília-DF. Seu trabalho é conhecido pelo hibridismo, a experimentação, a pesquisa de linguagem, a abordagem crítica e política e o diálogo com as artes visuais. Seus principais estudos se concentram no campo da criação, dos processos criativos, da dramaturgia/ criação de sentidos em dança, da linguagem da dança, novos suportes (instalações, exposições, intervenção urbana, internet e livros/publicações), da release-based technique e da improvisação. Autora do livro: Arqueologia de um processo criativo – Um livro Coreográfico.

Raquel Pires

Oficina: A Técnica Alexander na dança: cultivando a qualidade da atenção na prática da improvisação.

Esta oficina, de caráter prático-teórico, terá como foco a pesquisa e a investigação do movimento trabalhados a partir de princípios da Técnica Alexander. Práticas de percepção, mapeamento corporal e direções com foco na estrutura óssea farão parte do nosso trabalho, através da improvisação e criação de partituras coreográficas.

14 a 18/12, das 14 às 16h (15 às 17h, BH).

Raquel Pires Cavalcanti é bailarina, coreógrafa, pesquisadora e professora de dança e da Técnica Alexander. Possui graduação em Artes Liberais pela Adelphi University (NY/EUA, 2008) e Mestrado em Dança Educação pela New York University (NY/EUA, 2010). Professora do Curso de Dança do Departamento de Artes Cênicas da Escola de Belas Artes, UFMG. Atua no campo da dança contemporânea, principalmente nas seguintes áreas: Improvisação, Performance, Educação Somática e Pedagogia da Dança. Possui especialização na Técnica Alexander certifcada pela IRDEAT (1999) – Institute of Research, Development and Education in the Alexander Technique (NY/EUA) e pós graduação pelo MCAT – Manhattan Center of the Alexander Technique (2003) (NY/EUA). É membro da Associação Brasileira da Técnica Alexander e doutoranda no Programa de pós graduação Artes da Cena da Universidade Estadual de Campinas, SP.

Conversações/diálogos

Turno noturno, segundas, quartas e sextas, das 19 às 21h, em que a cada dia um (a) artista convidado (a) dialogará sobre o corpo cênico contemporâneo; o diálogo será mediado por um (a) artista cênico (a) ou pesquisador (a) convidado (a), e aberto aos participantes das oficinas e ao público internauta. Um link será disponibilizado publicamente com antecedência: 30/11 e 02, 04, 07, 09, 11, 14, 16, 18, 21 e 23/12.

Conversações/espetáculos

Com seis obras cênicas premiadas nacionalmente que somente poderão ser vistas integralmente com acesso ao link no dia da apresentação, pois são privadas: Hyenna, de Tuca Pinheiro (MG), selecionado e apresentado no Panorama Rio de Dança, Festival Internacional de Dança/FID e no Festival de Teatro de Curitiba; JUNTOSeSEPARADOS, de Luciana Lara (DF), foi selecionado e apresentado no Porto Alegre em Cena 2020 ; FLESH [Aparências], de Thelma Bonavita (SP/Berlim), selecionado e apresentado na X Bienal SESC de Dança, em 2017;  Alavancas e Dobradiças, de Célia Gouvêa (SP), um dos grandes nomes da dança contemporânea brasileira; Recolon, de Leonardo Scantbelruy (AM), selecionado e apresentado na Mostra Internacional de São Paulo/MITbr, em 2020; Vestígios, de Marta Soares (SP), espetáculo selecionado e apresentado no Rumos Dança Itaú Cultural de São Paulo 2010, VI  Mostra Internacional de São Paulo e  premiado pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA, de Pesquisa em Dança 2010.).  Nos dias: 05, 13, 17, 19, 20 e 22/12.

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