Tatiana Garcia Bressan, ex-estagiária do gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, é o mais novo nome envolvido em no inquérito das fake news, que apura a produção, o financiamento e a disseminação de notícias falsas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Nesta quinta-feira (7/10), Tatiana se tornou alvo de uma operação da Polícia Federal, em Brasília. Ela é suspeita de ser informante do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos.

O perfil:

  • Nome: Tatiana Garcia Bressan
  • Idade: 45 anos
  • Moradia: Lago Norte, bairro nobre de Brasília
  • Função: ex-estagiária do gabinete do ministro Ricardo Lewandowski
  • Período de atividade: entre julho de 2017 e janeiro de 2019
  • O que fez: suspeita de ter vazado informações sigilosas do Supremo Tribunal Federal
  • Ligações: blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, dono do site Terça Livre

Tatiana, de 45 anos, foi estagiária de Lewandowski entre julho de 2017 e janeiro de 2019. Ela, segundo as investigações, trocava mensagens com Allan dos Santos e aceitou o pedido dele para ser informante.

A Polícia Federal chegou ao nome de Tatiana após a quebra de sigilo telefônico do blogueiro. A ação foi autorizada pela Justiça.

A ex-estagiária teria pedido a Allan dos Santos para trabalhar na equipe da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), uma das apoiadoras de Bolsonaro mais assíduas.

As conversas entre os dois começaram em 23 de outubro de 2018 e foram até 31 de março do ano passado. Tatiana foi aluna do autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho, guru do clã Bolsonaro.

Em suas redes sociais, Allan dos Santos disse que Tatiana era sua “fonte” e disse que o exercício jornalístico havia sido violado pelo vazamento de seu nome.

Allan é dono do site Terça Livre e é conhecido pela proximidade com assessores do presidente Bolsonaro. Além de ser alvo do inquérito das fake news, ele também está envolvido na investigação do financiamento de atos antidemocráticos.

Nesta quinta-feira, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Tatiana. Ela foi levada para a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, para prestar depoimento.

A ação policial ocorre após o ministro do STF Alexandre de Moraes determinar, na quarta-feira (6/10), que a Polícia Federal colhesse o depoimento de Tatiana. (Metrópoles)

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