O cantor Hungria se prepara para lançar o quarto disco da carreira. Gravado em um único dia, durante a pandemia da Covid-19, o EP Cheiro de Mato chega às plataformas digitais nesta sexta-feira (21/8), e traz cinco canções em formato acústico que falam de paz, amor e empoderamento. “A música é uma arma engatilhada, tem o poder de tirar uma pessoa da depressão, de um leito de hospital, de inspirar”, afirma o rapper.

Com mais de 2,5 bilhões de acessos e 10 milhões de inscritos no YouTube, cada nova faixa também ganhará clipe inédito. “Vamos lançar um vídeo por semana e está sendo um momento muito especial na minha vida. Têm uma musicalidade que eu sempre quis fazer e foi incrível gravar no meio do mato. Onde tem natureza, Deus está presente. A natureza me acalma, inspira e traz paz”, ressalta Hungria.

Hungria tem aproveitado o momento longe dos palcos de forma criativa, mas não necessariamente escrevendo literalmente sobre o momento atual do país. “As novas letras falam de amor, sobre a força da mulher, tem uma faixa que é como uma oração… achei que é o momento propício”, explica.

Pandemia

Cumprindo o isolamento social, imposto pelo novo coronavírus, Hungria critica as pessoas que não têm respeitado às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). “Estamos em uma geração de gente que não respeita pai e mãe, vão respeitar a pandemia?”, questiona. O músico tende a não acreditar que o ser humano vá sair mais evoluído quando a crise passar. “Tem de haver uma mudança, pois hoje em dia as pessoas estão preocupadas com os preços, e esqueceram dos valores. Mas a educação vai vir de dentro de casa, e do interior das pessoas”, completa.

Longe dos palcos, o rapper tem feito das mídias digitais a principal ferramenta de proximidade com os fãs. “As lives me ajudam a matar a saudade do público, mas nada substitui os shows de verdade”, salienta. Apesar do lado positivo, as redes sociais também se tornaram terreno fértil para os chamados haters. “A internet virou a arma dos covardes”, considera.

“Eu procuro não expressar opiniões políticas. Na realidade, sinto saudade de quando podiam sentar 10 amigos numa roda, cada um falava a sua opinião, mas ouvia e respeitava a visão do outro e ninguém brigava. Hoje quase não é mais possível, tem filho brigando com pai”, conclui. (Metrópoles)

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