Com a proposta de democratizar o debate acerca do câncer e seus fatores de risco, e levar ao interior informações sobre a sistemática do tratamento ofertado na capital, a Rede Feminina de Combate ao Câncer do Amazonas realiza, no próximo dia 9, o 1º Encontro das Primeiras-Damas para a adesão à causa. “Queremos provocar o envolvimento das participantes nos projetos sociais desenvolvidos pela ONG, ao longo dos últimos 47 anos. Essa experiência poderá auxiliá-las na criação de novas políticas públicas municipais e no planejamento das ações de prevenção nas localidades mais afastadas”, explicou a presidente da instituição, enfermeira Marília Muniz.

O evento acontece no auditório da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) – rua Francisco Orellana, Dom Pedro-, a partir das 9h, com vasta programação, que inclui palestras diversas e uma visita à sede da Liga Amazonense Contra o Câncer (Lacc), instituição parceira, que atua há mais de 60 anos no Estado, com importantes projetos que auxiliam pacientes oncológicos de baixa renda. O presidente da Lacc, mastologista Jesus Pinheiro, também foi convidado para falar do trabalho realizado pela entidade.

“Hoje, os pacientes com câncer, oriundos do interior, são encaminhados à capital para tratamento especializado, e têm o apoio das ONGs que atuam em parceria com a FCecon, no reforço do acolhimento. No ciclo de palestras e rodas de conversa ofertados durante o evento, trataremos dessa temática e teremos a participação de pacientes que vivenciam o câncer e que enfrentam essa batalha, diariamente, em busca da cura”, frisou Muniz.

Além das primeiras-damas dos 62 municípios amazonenses, o evento também é aberto aos participantes das organizações sociais do Amazonas. Também participarão da atividade enquanto convidados, representantes do Centro de Integração Amigas da Mama (Ciam), membros da FCecon, o cardiologista Aristóteles Comte de Alencar Filho, e a cantora Lili Andrade, que participará como voluntária, durante a apresentação do Hino Nacional.

Na ocasião, os palestrantes também tratarão da incidência da doença no Amazonas, que, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), subordinado ao Ministério da Saúde (MS), deve registrar 5.860 novos diagnósticos em 2018, a maior parte, em mulheres. “Queremos que as primeiras-damas participem desse movimento que busca alertar a população sobre os fatores de risco e, ao mesmo tempo, atua na acolhida dos portadores da doença, ajudando em questões como hospedagem, transporte, entre outros”, reforçou Muniz.

Sobre a Rede Feminina

A Rede Feminina de Combate ao Câncer do Amazonas (Rfcc-AM) é uma Organização Não Governamental (ONG) que atua no Amazonas há 47 anos (1971/2018) e atende, prioritariamente, pessoas com diagnóstico de neoplasias malignas em tratamento na FCecon. Oficializada pela Srª Carmem Prudente, então presidente da Rede Feminina Nacional, a Rede Feminina no Amazonas teve como primeira presidente, a Srª Marlene Braga de Souza, personalidade atuante nas causas sociais no Amazonas.

A Rfcc adquiriu personalidade jurídica no dia 8 de abril de 1978, como um Departamento da Liga Amazonense Contra o Câncer, mas tornou-se independente em dezembro de 2003. Marlene Braga de Souza ficou à frente da ONG por longos 40 anos (1971/2011) e manteve sua equipe de voluntárias até janeiro de 2011, quando todas decidiram aposentar-se. Hoje, a ONG é vinculada à Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) e é presidida pela enfermeira oncológica Marília Muniz.

Atualmente, a Rede Feminina de Combate ao Câncer do Amazonas dispõe de 40 voluntárias e desenvolve seis projetos voltados para pacientes em situação de vulnerabilidade social, principalmente, aqueles procedentes dos municípios do interior, de outros Estados e até mesmo países vizinhos.

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