Parintins – O presidente da Cooperativa dos Talhadores Profissionais e Congêneres de Parintins (Cootapin), Adailson Barroso, disse em matéria veiculada no Plantão Popular, que carne oferecida à população do município pode comprometer a saúde pública, porque não está sendo tratada como manda a legislação sanitária.
“Apenas cinquenta por cento da carne abatida esta sendo resfriada. Os outros cinquenta por cento são entregues nos açougues no sangue, o que compromete a saúde do consumidor”, afirmou Adailson, pedindo à população que não compre esta carne.
O presidente disse que a “carne no sangue” é uma carne duvidosa, que pode ser até clandestina. Ele acusa a administração municipal de estar sucateando o matadouro frigorífico.
“Apesar dos recursos que entram darem o suficiente para realizar a manutenção que o logradouro exige. Eles não estão investindo os recursos gerados para a manutenção do matadouro”, disparou Adailson.
O presidente informou ainda que o caminhão baú para o transporte da carne está em péssimas condições. “A câmara frigorífica está sem funcionar para a refrigeração, vísceras brancas e vermelhas saem no sangue, uma salgadeira ilegal funcionando ao lado da caldeira que só vive no remendo. Nossa preocupação não é onde está o recurso, mas a população que tem direito a uma carne de qualidade”, acrescentou.
Mudança na compra
Adailson Barroso, disse ainda que os magarefes (homem que trabalha nos abatedouros) associados à Cooperativa podem mudar o mercado de compra da carne bovina para abastecer a população de Parintins. O preço do abate de gado e o sucateamento do matadouro municipal são as principais causas.
A previsão da entidade é de que se até o dia 15 de junho não houver uma tomada de posição em relação às irregularidades verificadas, a categoria vai parar de comprar a carne em Parintins e trazer o produto de Santarém.