Na quarta-feira (09/09), a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) deu início ao 1° Ciclo de Palestras do Projeto Recomeçar, no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), localizado no Km 08 da BR-174 (Manaus-Boa Vista).

Idealizado pela promotora de Justiça, Christianne Corrêa, em parceria com a empresa Reviver Administração Prisional, o projeto se estenderá até o dia 28 de setembro e contará com a participação de aproximadamente 100 internos que participam do programa “Trabalhando a Liberdade”.

Responsável pela palestra de abertura do projeto, com o tema “O desafio da reinserção do reeducando ao convívio social”, Christianne Corrêa destacou a importância desse tipo de evento voltado à população carcerária. “O Projeto Recomeçar propicia aos internos uma reflexão sobre a vida que eles têm, sobre os caminhos que os levaram até aquela situação e sobre as oportunidades que se abrem a partir de projetos de trabalho e leitura”, ressaltou.

 Voltado à população carcerária do regime fechado do Compaj, o ciclo de palestras tem como objetivo chamar a atenção dos internos para as dificuldades e desafios que serão encontradas no seu retorno à sociedade, além da realidade que os espera do lado de fora.

Para o diretor adjunto do Compaj, Márcio Caldas da Silva, o projeto é fundamental para a vida dos internos pós sistema prisional. “O projeto foi pensado no sentido de prepará-los, principalmente o lado psicológico, para o enfrentamento da vida fora do presídio e ocupar seu espaço na sociedade, tendo em vista que a grande maioria dos internos está há muito tempo no cárcere”.

Ainda segundo a promotora de Justiça, é muito importante que a sociedade tenha noção que esses indivíduos estarão de volta ao convívio social em algum momento e que projetos assim que tornarão esse retorno uma experiência positiva. “É muito importante que projetos como o “Recomeçar” recebam o apoio e se expandam para todo o sistema, para que outras pessoas privadas de liberdade também tenham a oportunidade de desenvolver uma atividade laborativa ou educacional para saírem do sistema melhor do que entraram”, concluiu.

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