A secretária de Estado de Saúde, Simone Papaiz, esteve reunida, na tarde da segunda-feira (01/06), com membros da Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM), onde apresentou as ações que a Secretaria de Estado de Saúde (Susam) tem desenvolvido para o atendimento de pacientes com Covid-19 no interior do estado.

Durante a audiência, a secretária respondeu aos questionamentos dos defensores e explicou como a secretaria tem se organizado para atender pacientes dos municípios, com a realização de transferências por UTI (Unidade de Terapia Intensiva) aérea e envio de equipamentos e insumos, principalmente neste momento, em que o número de casos da doença já é maior fora da capital, Manaus.

Segundo Simone Papaiz, a Susam tem realizado uma média de nove transferências por dia e já estuda a viabilidade da realização de um termo aditivo do atual contrato no serviço oferecido hoje e a possibilidade de aumentar o número de aeronaves que fazem essas remoções aéreas. 

“Em março, tivemos cerca de 2% de chamadas do interior no Sister (Sistema de Transferências de Emergências Reguladas). Em três meses, subimos para 61%. O setor jurídico da Susam tem trabalhado em cima disso, junto com a Secretaria Executiva do Interior, se o contrato atual cabe aditivo ou se poderemos fazer outro a curto prazo”.

A secretária explicou, ainda, que o planejamento no número de aeronaves foi feito de acordo com o cenário da doença no estado e, com o aumento da doença no interior, a Susam já trabalha nessa ampliação.

Questionada sobre a destinação de recursos federais para a ampliação do contrato, aporte anunciado pelo Governo Federal, Simone Papaiz explicou que o aporte financeiro ainda não foi repassado pelo Ministério da Saúde ao Governo do Estado. 

Reforço da Saúde dos municípios – A secretária explicou, ainda, que o Estado tem trabalhado para fortalecer as unidades de saúde dos municípios polos para que os moradores do interior possam receber atendimento especializado e só serem transferidos para a capital em casos de maior complexidade. 

Esse fortalecimento já estava previsto antes da epidemia do novo coronavírus e será dada continuidade após o fim da pandemia, com a instalação de usinas de oxigênio e Unidades de Cuidados Intensivos (UCIs).

Distribuição de responsabilidade –  A secretária também pontuou que, hoje, parte dos municípios do interior tem gestão plena da Saúde na atenção primária e que receberam recursos do Fundo de Fomento ao Turismo, Infraestrutura, Serviços e Interiorização do Desenvolvimento do Amazonas (FTI), repasses federais e emendas parlamentares, os quais devem ser utilizados para melhorar a infraestrutura das unidades de saúde.

“A atenção primária é de responsabilidade do município, que recebe recursos para isso. Na atenção de média complexidade, o Estado tem feito parceria com os municípios para dar um suporte maior, vista toda a dificuldade da característica regional do Amazonas”, explicou.

A secretária também ressaltou que os fluxos de atendimentos estabelecidos em todo o estado foram definidos de acordo com as orientações do Governo Federal e que os municípios receberam e recebem, ainda hoje, orientações por parte da equipe técnica da secretaria quanto a procedimentos a serem adotados e necessidades que precisam ser atendidas. 

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