A Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) está mantendo equipes de psicólogos e assistentes sociais no Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio, localizado na avenida Cosme Ferreira, 3.937, Coroado, zona leste de Manaus. O objetivo é prestar apoio psicossocial às famílias dos pacientes que dão entrada na unidade. 

No local, as equipes prestam orientações quanto aos procedimentos de velório e sepultamento na capital e no interior e alertam sobre medidas de segurança e proteção contra o novo coronavírus (Covid-19), além de prestar esclarecimentos quanto aos programas de apoio social às famílias em situação de vulnerabilidade. Os atendimentos são realizados diariamente, das 7h às 22h, dentro da unidade hospitalar. 

De acordo com o secretário titular da Sejusc, William Abreu, a ação destaca os esforços do Governo do Amazonas em criar respostas rápidas nesse momento delicado para a sociedade amazonense. Ele também salienta que os atendimentos possuem um caráter humanitário para tentar minimizar os impactos causados nas famílias que perderam seus entes acometidos pela Covid-19. 

A assistente social Karolina Aguiar, que coordena a ação no João Lúcio, afirma que as equipes da Sejusc prestam apoio às famílias na entrada do paciente e realizam o acompanhamento durante a internação até o atendimento final, seja por alta ou por óbito do paciente. 

“A equipe multiprofissional dá esse suporte aos familiares. Diante de um possível falecimento, as equipes agem com maior celeridade fazendo que essas pessoas possam fazer o sepultamento de seus parentes com mais dignidade”, disse. 

Atendimento – A psicóloga Kássia Amorim, que estava de plantão na segunda-feira (04/01), explica que o atendimento humanizado é de extrema importância para as famílias sensibilizadas com a perda de seus parentes. 

“Quando a pessoa recebe a notícia que um familiar veio a óbito, ela fica desnorteada, não sabe como reagir, algumas não possuem condições financeiras. Por isso, é importante a nossa atuação, justamente para que, nesse momento, possamos transmitir um pouco de conforto, acolhimento e demais orientações a essas famílias”, destaca a psicóloga. 

Kássia afirma, ainda, que as equipes também fazem uma ponte entre os familiares e os pacientes que estão internados na ala rosa da unidade. “Todos querem que seus familiares saiam bem do hospital. Nós também levamos utensílios e até aparelhos celulares para que os internados possam falar com seus entes através de chamadas de vídeo. Isso ajuda a melhorar a recuperação do paciente”, completa. 

Esclarecimentos e encaminhamentos sobre os serviços do SOS Funeral, da Prefeitura Municipal de Manaus, também estão entre as funções das equipes sociais da unidade.

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