Não raras vezes e quase sempre após uma canelada aqui, outra acolá, o presidente Bolsonaro declarou-se vazio em matéria de economia. Ameaçou reeditar, por exemplo, o CPMF, mas voltou atrás e disse que o chefe era o Paulo Guedes, ministro da Economia.

E assim, o capitão da reserva do Exército Brasileiro seguiu ao livre sabor de suas velhas intuições castrense a bom atropelar as leis da economia.

Hoje, Bolsonaro propõe reduzir à Zero por centro (0%) PIS/Cofins desde que os governos estaduais zerem o percentual do ICMS descontado sobre o litro da gasolina.

Alea jacta est!

Sem consultar o Paulo Guedes – aquele mesmo que já afastou a Pepsi-Cola de Manaus com a redução gradativa do IPI dos concentrados de refrigerantes entre 8% e 4% até a sua extinção nos próximos anos – Bolsonaro desafia os governadores brasileiros sem sequer avaliar o impacto que poderia gerar aos cofres estaduais una suposta redução do ICMS.

A regra é clara, velha e conhecida de todos: toda ação gera uma consequência.

É claro que todo brasileiro gostaria de pagar menos não só pelo litro da gasolina mas, também, pelo aluguel da casa, prestação escolar, consulta médica, pelo kg do feijão e do arroz, enfim…

A bandeira levantada por Bolsonaro pelo fim do ICMS incidente sobre o litro da gasolina é de todos os brasileiros, de todos, sem exceção.

A questão é saber como permitir, sem traumas, que a ideia vingue. Como? Simples. Trazer a questão para discussão, sem autoritarismo, intolerância ideológica e, sobretudo, sem agressão às leis intocáveis de mercado.

Confira o desafio feito pelo presidente:

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