Um terremoto de 6,4 de magnitude e 8 quilômetros de profundidade atingiu a Argentina na madrugada desta terça-feira (19/1). O epicentro foi registrado na província de San Juan (a oeste, na fronteira com o Chile), mas o tremor também foi sentido na vizinha Mendoza e, em menor escala, em muitas outras áreas do país.

“Até o momento não há mortes, apenas duas crianças com traumatismo moderado e um idoso com traumatismo grave que está sendo transferido para o hospital”, disse o governador de San Juan, Sergio Uñac, em entrevista coletiva em que detalhou os danos materiais mais proeminentes deixados pelo terremoto em várias partes da província.

Nas redes sociais, moradores de São Paulo e do Rio Grande do Sul afirmaram que também sentiram os tremores. O abalo se espalhou ainda para o Chile. “Estou em Santiago [no Chile] e foi horrível (…) Estou no 20º andar e por um momento eu achei que ia desabar tudo”, publicou uma usuária no Twitter.

De acordo com o Instituto Nacional de Prevenção Sísmica, o terremoto ocorreu às 23h46min perto da cidade de San Juan de Media Agua, ao sul da capital provincial. Em seguida, nas duas horas seguintes, foram registrados sete tremores secundários menos intensos, entre 3,2 e 4,9 graus pela escala Richter e com 8 a 15 quilômetros de profundidade.

Depois do terremoto mais forte, os cidadãos não demoraram muito para relatar na mídia e nas redes sociais cortes de energia, danos a casas e lojas e rachaduras em estradas.

Miguel Castro, do centro sismológico de Mendoza, disse ao canal TN que o tremor foi percebido em outras áreas do país porque “a magnitude foi grande e a profundidade pequena”, já que “as ondas sísmicas viajam muitos quilômetros, ainda mais quando se trata de uma magnitude dessa envergadura”.

O especialista acrescentou que o terremoto o fez lembrar o de 23 de novembro de 1977 na cidade de Caucete, que teve magnitude de 7,4, com 65 mortos e mais de 300 feridos.

“Mas desta vez o epicentro estava localizado a cerca de 47 km a sudoeste da cidade de San Juan, onde há uma série de falhas ativas que pertencem ao vale Pie de Palo. E uma falha que surge à superfície no rio San Juan também está muito próxima”, disse ele.

Iaron Kolker, morador do centro de San Juan, a capital da província, disse que o primeiro terremoto foi “breve”, durando não mais que 10 ou 15 segundos, mas “mexeu tudo”.

Em sua opinião, foi apenas “um grande susto”, pois conseguiu falar com conhecidos por meio de grupos telefônicos “e ninguém sofreu perdas”.

Além disso, usuários de redes sociais em San Juan e outras partes do país, como Córdoba (centro) e até mesmo em Buenos Aires, a mais de 1 mil km do epicentro, disseram ter sentido o terremoto e alguns postaram vídeos mostrando episódios do tremor.

“O movimento foi muito forte, aqui minha casa toda mexeu, parecia que estava em cima de rodinhas”, disse Marcelo Ruiz, vizinho de Mendoza.

San Juan é uma das áreas com maior incidência sísmica na Argentina e é lá que em 1944 foi registrado o pior terremoto do país, que causou a morte de cerca de 10 mil pessoas. Por isso, possui edificações preparadas para resistir a esse tipo de evento natural. Com informações de Metrópoles.

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