A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) está utilizando a mão de obra carcerária na lavagem da rouparia usada no Abrigo Emergencial para acolhimento de pessoas em situação de rua, montado na Arena Poliesportiva Amadeu Teixeira. A ação é realizada em parceria com a Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas) e visa ajudar no combate ao avanço do novo coronavírus na capital.

Trinta detentos estão envolvidos na ação solidária, que beneficia cerca de 200 pessoas em situação de vulnerabilidade. Os reeducandos fazem parte do projeto de ressocialização “Trabalhando a Liberdade” e já atuam nas lavanderias do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat) e do Centro de Detenção Provisório Masculino 2 (CDPM 2), todos localizados no km 8 da BR-174 (Manaus-Boa Vista).

As unidades prisionais recebem, todos os dias, roupas de cama e de banho do abrigo emergencial. “Os reeducados são capacitados para o serviço. Todo material é lavado, passado e entregue no dia seguinte”, afirmou o diretor do Compaj, Lucas Maceda.

O diretor do Ipat, Márcio Pinho, ressaltou a contribuição que os reeducandos vêm dando para a sociedade. “Toda a estrutura do sistema penitenciário vem empregando esforços para auxiliar no combate à pandemia e também na prestação de apoio a quem precisa nesse momento delicado, como é o caso das pessoas que se encontram abrigadas na arena. É uma ação social de solidariedade e empatia”.

Remição de pena – Os reeducandos que disponibilizarem a mão de obra carcerária receberão o direito de remir um dia da pena a cada três dias de trabalho não remunerado, conforme prevê a Lei de Execução Penal (LEP).

Parceria – O trabalho tem a parceria das empresas cogestoras Reviver Administração Prisional Privada, Umanizzare Gestão Prisional e Embrasil Serviços.

Artigo anteriorCrimes discriminatórios nos estádios do Brasil cresceram 70%
Próximo artigo5 remédios naturais para acalmar a indigestão