Segundo o órgão, entre 1º de janeiro e 24 de junho deste ano, foram 3.750 km² na região.

De acordo com o Inpe, nos últimos meses, o Amazonas foi o maior responsável pelos números: 1.131 km² desmatados. Em seguida, o Pará, com 1.059 km², e Mato Grosso, com 818 km².

Em maio, os dados mostraram queda de 35,2% de desmatamento na área, em comparação com o mesmo mês de 2021. No respectivo mês, foram 900 km² de alertas de desmatamento, segundo o sistema Deter.

Na ocasião, o Amazonas também foi o estado que mais desmatou, com quase um terço do total nacional, seguido pelo Pará, Rondônia, Mato Grosso, Acre, Maranhão, Roraima e Tocantins.

Veja os números para os primeiros semestres dos últimos sete anos, de acordo com o Inpe:

2016 – 2.443 km²

2017 – 1.332 km²

2018 -2.213 km²

2099 – 2.446 km²

2020 – 3.081 km²

2021 – 3.605km²

2022 – 3.750km²

Queimadas

Junho também teve o maior número de focos de calor: 2.562 focos. O Mato Grosso e Pará lideraram os registros, concentrando 64,5% e 21,7% dos focos, respectivamente. Desde 23 de junho, o uso do fogo em território nacional foi proibido por 120 dias, de acordo com decreto presidencial (nº 11.100/22). Ainda assim, 1.113 focos foram registrados na Amazônia desde então.

“A estação seca mal começou e a Amazônia já está batendo novos recordes na destruição ambiental. O ocorrido não surpreende visto que a região está sob intensa ameaça, com altos níveis de ilegalidade que continuam devastando grandes áreas e vidas. Esse cenário se fortaleceu nos últimos três anos na Amazônia como resultado direto de uma política aplicada com êxito que facilita e estimula o crime ambiental”, comenta Cristiane Mazzetti, porta-voz de Amazônia do Greenpeace Brasil.

“É tempo de pensarmos sobre a Amazônia que precisamos para o nosso futuro”, completa.

Já Raul do Valle especialista em políticas públicas do World Wide Fund for Nature-Brasil, crê que a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) tem responsabilidade nos números.

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