O prefeito de Manaus, Arthur Neto, decretou situação de emergência na cidade em virtude da cheia no Rio Negro. O decreto deverá ser publicado amanhã (27) no Diário Oficial do município. O nível do Rio Negro chegou a 29,19 metros. A previsão do Serviço Geológico do Brasil é que o rio suba mais 30 centímetros. Os bairros mais atingidos são Educandos (Zona Sul), São Raimundo, São Jorge (Zona Oeste), Presidente Vargas e Bariri, Zona Centro-Sul.

Famílias em áreas de risco são retiradas e recebem ajuda de R$ 300, o chamado aluguel social. O dinheiro é para que paguem aluguel em outro local enquanto persiste risco nos locais onde moram. Ainda que o decreto declare emergência em todo o município, as medidas determinadas na publicação serão executadas nas mais afetadas pelas águas.

“Espero que, diferente do ano passado, que haja uma sensibilidade maior do Ministério da Integração para com os ribeirinhos. Decretando situação de emergência na capital, incluindo a área rural, já garanto o seguro defeso para eles. Agora quero mais perspectiva de ajuda para as pessoas que estão com suas casas alagadas também na cidade”, declarou o prefeito.

A prefeitura de Manaus informou que foram construídas passarelas metálicas para acesso às áreas comerciais do centro de Manaus. Dessa forma, a cheia do rio “não atrapalha o andamento da cidade”, inclusive durante a Copa do Mundo. Apesar da situação, a prefeitura explica que se trata de uma situação com qual sabe como lidar. “A cheia não chega a comprometer, temos o expertise nessas situações”.

“Nós começamos o trabalho em janeiro e efetivamos em abril com a construção de 2.600 metros de passarelas. Agora as ações serão de atendimento as famílias que podem ser afetadas pela enchente com remoção e doações”, explicou Aníbal Gomes, secretário executivo de proteção e Defesa Civil da cidade, que é responsável planejamento e execução das ações do plano de emergência.

A Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (Semasdh), também, passa a ter acesso, mediante assinatura de um termo de aceite, ao Serviço Proteção em Situação de Calamidades Públicas e Emergenciais do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), regulamentado pela portaria MDS nº 90.

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