Domingo amanhece com uma notícia que tem potencial para gerar grande impacto político nos próximos dias: depois de muitos rumores sobre a queda do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, iniciou-se, de fato, o processo de substituição do general à frente da área atualmente mais nefrálgica da Esplanada, que é responsável pelo enfrentamento direto da pandemia.

De acordo com informações de integrantes do governo, a pressão para a saída do ministro foi muito forte e se intensificou depois de reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na tarde de sábado (13/3), no Palácio da Alvorada. Após o encontro com Lira, Bolsonaro se dirigiu para o hotel de trânsito dos oficiais, no Setor Militar, onde teria comunicado sua decisão ao ministro, na noite de sábado.

Ministro próximo a Bolsonaro confirmou ao Metrópoles o movimento de troca, mas disse que o processo pode levar alguns dias. O representante do primeiro escalão afirmou que Pazuello enfrenta problemas de saúde relacionados à pressão e ao coração e teria chegado a seu limite no governo.

Segundo o jornal O Globo publicou nesta manhã, aliados de Bolsonaro já teriam entrado em contado com dois médicos cardiologista cotados para substituir Pazuello. Seriam eles, Ludhmilla Abrahão Hajjar e Marcelo Queiroga. Ela é professora associada da USP e ele, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Há pouco, o deputado federal Marcelo Freixo publicou em sua conta no Twitter um post sobre a possível saída de Pazuello:

“Pazuello pediu demissão. Depois de usar o general para fazer o trabalho sujo, Bolsonaro manobra e descarta seu capataz para tentar salvar a própria pele. Pazuello é um incompetente, já vai tarde. Mas ele é um mero executor, o mandante dessa política de morte é Bolsonaro”.

Oficialmente, a assessoria do ministro não confirma o pedido de demissão.

Artigo anteriorInternações de idosos com 90 anos ou mais caem 20% após início da vacinação
Próximo artigoMortes causadas por falhas de oxigênio em UTI para covid causam revolta na Jordânia