O Estado do Amazonas, ao que tudo indica está perdendo o controle do Complexo Penitenciário Anísio Jobim, localizado no quilômetro 8 da BR 174 (Manaus/Boa Vista). O Fato Amazônico recebeu na manhã deste sábado (24), uma fotografia onde mostra as iniciais da facção criminosa Família do Norte, pichada na parede do presídio e ao lado marca da facção do Rio de Janeiro, Comando Vermelho (CV).

Uma fonte do Fato Amazônico, que trabalha dentro do Compaj, informou que os líderes da FDN, José Roberto Fernandes Barbosa, o “Zé Roberto da Compensa” e Gelson Lima Carnaúba, presos em Natal dia 8 deste mês, foram quem determinaram há cinco dias que nos pavilhões do Compaj fossem pichados com as iniciais da facções.

Afirma a fonte, que os agentes penitenciários receberam determinação do diretor do Complexo, o tenente da Polícia Militar, Emilson Bonet de Oliveira, para apagarem as iniciais das duas facções criminosas, mas os detentos não permitiram.

Para tentar conseguir apagar os nomes FDN e CV, Emilson Bonet de Oliveira, esteve ontem conversando com Zé Roberto e Francisco Álvaro Pereira, o “Bicho do Mato”, também um dos homens da Família do Norte, para pedir autorização para os agentes apagarem as iniciais pintadas nos pavilhões do presídio.

Mas para deixar os agentes apagarem as iniciais da Família do Norte e do Comando Vermelho, Zé Roberto e Bicho do Mato, fizeram algumas exigências, uma delas de acordo com a fonte a entrada de equipamento de futebol com as iniciais das duas facções criminosas.

Gravação com major da PM

O traficante Zé Roberto da Compensa, ficou conhecido nacionalmente depois de um áudio veiculado em uma matéria publicada na revista Veja com o título " Governo do Amazonas negocia apoio de traficantes para o 2º turno", onde ele conversava com o ex-secretário adjunto da Secretaria de Justiça, major da PM, Carliomar Brandão, exonerado pelo governador José Melo, 24 horas depois da veiculação da matéria.

O caso repercutiu nacionalmente e a mídia brasileira toda divulgou a suposta conversa. O governador José Melo, que disputava a reeleição chegou a falar em processar a Veja por divulgar um áudio mentiroso, mas depois que ele foi reeleito as coisas acalmaram e não se fala mais no assunto.

Sejus nega e exigências e diz que pinturas foram apagadas

A reportagem do Fato Amazônico teve contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Justiça e Direitos, que confirmou que há duas semanas houve a pintura das iniciais da facção criminosa FDN, mas que por determinação do secretário Louismar Bonates, foram apagadas.

De acordo com a assessoria não procede a informação de que o diretor tenha se reunido com os lideres da facção criminosa e nem que eles fizeram nenhuma revindicação para deixar apagar as iniciais da FDN e CV.

"No Compaj está tudo tranquilo", disse a assessoria, informando que a exigência da entrada de equipamentos com as iniciais da FDN, também não procede. "Ano passado fizemos um torneio dentro do complexo e tudo correu dentro da maior tranquilidade", acrescentou.

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