Em nova fase da Operação Lava Jato, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal estão nas ruas para apurar suspeita de compra de jurados na eleição do Rio como sede da Olimpíada de 2016. Às 6h desta terça-feira (5), agentes federais chegaram à residência do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, e também na sede do COB para cumprir mandados de busca e apreensão.

Há também ordem de prisão contra o empresário Arthur Cesar de Menezes Soares Filho, conhecido como “Rei Arthur”, considerado o principal prestador de serviços no governo de Sérgio Cabral (PMDB), preso na Lava Jato.  Ele mora em Miami, nos Estados Unidos. Também é alvo de mandado de prisão Eliane Pereira Cavalcante, ex-sócia dele na Facility.

Eles são suspeitos de comprar o voto de um jurado africano, no valor de US$ 1,5 milhão, dias antes da escolha da cidade sede para os Jogos de 2016. Na ocasião, o Rio derrotou cidades como Chicago e Madri. Segundo os investigadores, o dinheiro foi enviado por “Rei Arthur”. De acordo com a operação, batizada de Unfair Play, há indícios de que Nuzman participou da compra, intermediando a transação.

Para os investigadores, em troca de contratos com o governo Cabral, os empresários pagavam propina por meio de uma conta no Caribe. Parte desse dinheiro, conforme as investigações, foi utilizada na compra de votos.  A investigação foi iniciada pelo Ministério Público das Finanças da França, que também acompanha no Rio a nova etapa da Lava Jato.

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