Olá Navegantes! Nossa viagem de hoje será pelos “mares” da ansiedade, e convenhamos, estamos todos no mesmo barco. A pandemia que acometeu o mundo neste ano de 2020 foi o estopim para desencadear e/ou agravar as mais variadas psicopatologias. A mais conhecida delas: ansiedade. O mal do século. Quem nunca né?!

 

Quantas e quantas doenças e sintomas são simplesmente o efeito de um estado ansioso contínuo. Deixar o corpo em estado de alerta o tempo inteiro tem suas implicações. É como entrar no cheque especial, o famoso “limite”. O corpo cobra juros altos. A conta não vai fechar. Só há prejuízo. Tem uma frase que costumo repetir a mim mesma há alguns anos: tudo aquilo que custa a sua paz, custa caro demais.

Eu posso falar com conhecimento de causa, e não só por ser psicóloga não, mas por já ter vivido pele crises de ansiedade. E uma coisa eu te digo. Não tem ninguém “imune”. Todo mundo está sujeito a passar por isso. A maioria de nós está inserida em ambientes sociais naturalmente ansiosos.

Quando você está dirigindo, por exemplo, seu corpo está em estado de alerta, isso é ótimo, protege você de algum acidente. Mas o problema é que você tem que dirigir todos os dias, por você e pelos outros, seu coração fica acelerado porque o indivíduo à frente não deu a seta, e seu cérebro teve que fazer o seu melhor em fração de segundos para preservar a sua vida, ou, na melhor das hipóteses, o seu bolso. Muitas vezes o seu trabalho requer muito da sua atenção, você pode se sentir pressionado ou infeliz, e tudo o que seu corpo quer é literalmente é fugir dali!

Grande parte das vezes a alimentação que você consome deixa seu corpo em estado de alerta, você come rapidamente, mastiga com pressa engole rápido uma comida que sua avó não consideraria como alimento. Muito do que você come interfere no seu nível de ansiedade. Alimentos estimulantes do sistema nervoso central quando consumidos em excesso e regularmente vão deixar seu corpo com o sinal amarelo ligado continuamente.

Quando você desperta a primeira coisa que faz é olhar para uma tela e checar as mensagens. Aquele bom dia indesejável no grupo com florzinha já está lá. São tantos exemplos que eu poderia citar. Mas se você parar um dia e analisar sua rotina, vai concordar comigo e entender que muita coisa precisa acontecer diferente, e os exemplos que tem na sua casa já são motivos suficientes para você admitir que precisa fazer modificações no seu estilo de vida o quanto antes, pois do contrário, estará cultivando um ambiente perfeito para o TAG Transtorno de Ansiedade Generalizada – Assunto que abordaremos na próxima semana! Fiquem atentos, semana que vem vamos aprofundar nosso conhecimento sobre o TAG.

Até breve,

Syrsjane N. Cordeiro

Psicóloga pelo UNASP – SP, Especialista em Saúde Mental. Já atuou como psicóloga na prevenção e promoção de saúde na atenção básica (2014); na prevenção e promoção de saúde indígena no Alto Rio Solimões (2015); atuou também na área da assistência social, no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS).

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