Folha de S.Paulo – Ao menos 46 presos morreram numa rebelião na Venezuela na sexta-feira (1º).

A revolta aconteceu no Centro Pentenciário de Los Llanos, em Guanare, no estado de Portuguesa, oeste do país, e teria acontecido após presos romperem as grades e tentarem uma fuga em massa.

Também há ao menos 50 feridos, entre eles o diretor da unidade, Carlos Toro. Ele foi ferido nas costas com um objeto pontiagudo quando funcionários do centro, junto com militares, tentavam negociar com o líder da rebelião.

A rebelião se dá após a proibição de visitas, determinada em março, para retardar a propagação do novo coronavírus no país. Na Venezuela, os dados oficiais apontam para 335 casos confirmados e 10 mortes.

O governo do ditador Nicolás Maduro ainda não confirmou infecções dentro de presídios.

Em tempos normais, os presos recebem comida e remédios por meio de familiares e amigos.

Para Carolina Girón, do Observatório Venezuelano de Prisões (OVP), ONG que defende os direitos de reclusos, a revolta se deu porque “os presos estão irritados com a proibição de visitas, não têm água nem comida” num presídio superlotado.

“A quantidade de comida que lhes dão não tem as calorias necessárias que devem ingerir. Às vezes recebem só um caldo de feijão”, disse ela.

Segundo Girón, Los Llanos tem capacidade para 750 presos, mas abriga atualmente cerca de 2.500.

Artigo anteriorFaustão faz aniversário e idade do apresentador choca a internet
Próximo artigoGoverno atende proposta de Josué e vai antecipar salários dos servidores estaduais