Os tratamentos de incontinência urinária caíram 60% no ano passado, segundo dados do Ministério da Saúde. Por conta dessa evasão nos consultórios durante a pandemia, o tratamento da doença de uma parcela dos pacientes foi prejudicado. Segundo o urologista Flávio Antunes, a procura por ajuda médica imediata pode fazer a diferença após os primeiros sintomas.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a incontinência urinária costuma afetar 45% das mulheres e 15% dos homens acima de 40 anos. Flávio Antunes explicou que uma vida saudável é a melhor forma de evitar problemas de incontinência urinária.

“O sintoma é mais comum do que se imagina e a eliminação da urina é de maneira involuntária, típico em quadros leves. Às vezes, até com uma tosse ou mesmo uma risada mais intensa podem provocar a liberação de um pouco de urina contra a própria vontade. Ao perceber isso, o ideal é procurar o médico. Problemas como obesidade podem causar uma pressão na bexiga e provocar a incontinência”.

Diabetes e problemas neurológicos são outros fatores que contribuem para o surgimento da doença. O urologista explica ainda que os casos de incontinência de urgência, que é quando o paciente sente uma vontade muito forte de urinar, mas não dá tempo de chegar ao banheiro. A terceira forma que a doença se manifesta é a incontinência paradoxal, que ocorre geralmente em homens com problemas na próstata, onde a bexiga fica muito cheia e acabam ocorrendo escapes de urina.

A idade é um dos principais fatores de risco para incontinência urinária. Segundo Flávio Antunes, a incontinência urinária em mulheres também pode estar relacionada à quantidade de partos normais que elas tiveram durante a vida. Geralmente, os sintomas começam a aparecer após os 40 anos.

“40% das mulheres têm um grau de perda involuntária de urina e, muitas vezes, é considerado pela paciente como algo normal e por isso não procuram o médico”, alertou o urologista.

Se a incontinência não puder ser evitada, Antunes afirma que existem alguns tipos de tratamento para a condição, como o uso de medicamentos, fisioterapia e, em alguns casos, tratamento cirúrgico.

Veja algumas recomendações do Ministério da Saúde sobre a incontinência urinária:

– Procure um médico para diagnóstico e identificação da causa e do tipo de perda urinária que você apresenta;

– Não pense que incontinência urinária é um mal inevitável na vida das mulheres depois dos 50 ou 60 anos. Se o distúrbio for tratado como deve, a qualidade de vida melhora muito;

– Considere os fatores que levam à incontinência urinária do idoso – uso de diuréticos, ingestão hídrica, situações de demência e delírio, problemas de locomoção – e tente contorná-los. Às vezes, a perda de urina nessa faixa de idade é mais um problema social do que físico;

– Evitar a obesidade e o sedentarismo, controlar o ganho de peso durante a gestação, praticar exercícios fisioterápicos para fortalecer o assoalho pélvico, são medidas que podem ser úteis na prevenção da incontinência urinária.

Artigo anteriorDiretor acadêmico comenta dúvidas recorrentes entre alunos que irão prestar ENEM e o vestibular
Próximo artigoPalmeiras reencontra Mancini menos de um mês depois da derrota para o América-MG