O Tribunal Superior Eleitoral deve decidir nesta terça-feira (3) sobre a cassação do mandato da senadora Juíza Selma (Pode-MT), relatora do projeto de prisão em segunda instância no Senado. Ela é acusada de omitir gastos de R$ 1,23 milhão na campanha eleitoral de 2018. Políticos da região despontam como possíveis candidatos à vaga que deve abrir.

Em abril deste ano, o Tribunal Regional Eleitoral a considerou culpada por unanimidade, com indicativo de novas eleições. Os mandatos da senadora e de seu suplente Gilberto Possaimi foram cassados, mas a congressista recorreu à Instância superior para evitar a perda do mandato.

O processo é do ex-vice governador de Mato Grosso Carlos Fávaro (PSD-MT), cujo advogado é o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo. Ele foi o terceiro colocado nas eleições de 2018 e pedia que, em caso de cassação, fosse alçado ao posto de senador.

A decisão da corte, contudo, foi para que fosse realizado novo pleito para preencher a vaga aberta pela Juíza Selma. A ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge enviou parecer ao TSE sobre o caso em que defende a cassação e as novas eleições.

À época, o TRE seguiu a interpretação do relator do caso, desembargador Pedro Sakamoto, que entendeu a prática como característica do caixa 2 e abuso do poder econômico.

Selma Arruda e Gilberto Possaimi foram considerados inelegíveis pelos próximos 8 anos. A 2ª suplente de Selma, Cleri Fabiana Mendes (PSL), foi absolvida. A corte entendeu que ela não teve envolvimento com o esquema de caixa 2.

A despesa omitida pela senadora Selma Arruda corresponde, no total, a 72% dos gastos efetuados durante campanha eleitoral.

Procurada por esta reportagem, a senadora não respondeu a tempo. Depois da decisão do tribunal regional, contudo, ela emitiu nota dizendo que estava “tranquila” em relação às acusações por saber da “retidão de seus atos”.

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