É possível realizar um espetáculo capaz de encantar o público apenas com a participação de voluntários e sem artistas profissionais no palco? Um Sonho de Natal prova que sim, e a 20ª edição, que já começa neste sábado (11), com uma releitura de “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, está mais surpreendente do que nunca.

A montagem inédita reúne crianças, adolescentes, adultos e idosos, universitários, trabalhadores informais, engenheiros, médicos, odontólogos, servidores públicos e profissionais liberais das mais diversas áreas – mistura que movimenta as engrenagens do culto natalino, ano após ano, o que proporciona à plateia um evento de encher os olhos. “Nosso principal combustível é o amor”, diz Leandro Caiado, diretor geral da peça.

Com o tema “Um Sonho de Natal na Fábrica de Chocolate”, as apresentações serão realizadas de 11 a 26 de dezembro, em dois locais: na Nova igreja Batista, situada na Avenida Torquato Tapajós, 4444, bairro Colônia Santo Antônio, e na Nova Tabernáculo Batista, localizada na Avenida Japurá, 2020, bairro Cachoeirinha. A entrada é gratuita e classificação etária livre.

Lançada há mais de 50 anos, “A Fantástica Fábrica de Chocolate” retrata um enigmático fabricante de doces, Willy Wonka, que lança um concurso para escolher cinco crianças que vão visitar a fábrica. Entre elas está Charlie, um garoto pobre que encontra o último e cobiçado bilhete dourado.

O público do Um Sonho de Natal deve esperar as icônicas cenas dos filmes, como a participação dos Oompa Loompas e a queda de uma das crianças no rio de chocolate. Além de cenários que retratam alguns setores inesquecíveis da famosa fábrica.

Willy Wonka será vivido pelo desenvolvedor de sistemas Vinícius Alencar, 22, que destaca os desafios de interpretar a famosa figura do chocolateiro. “Nunca fiz aulas de teatro, mas já tive contato com artes cênicas participando de peças aqui na Nova Igreja Batista. Essa é a minha nona participação em Um Sonho de Natal e estar nesse projeto é sempre desafiador. Estamos ensaiando muito para levar a melhor peça ao público”, disse.

ESPERANÇA

A médica Ana Cristina Dias, 41, faz parte da orquestra do espetáculo. Ela aprendeu a tocar violino na própria igreja, e conta como foi essa experiência. “A primeira vez que eu vi um violino pessoalmente foi aqui na igreja. Eu comecei a tocar violino com mais de 35 anos. Era um sonho de infância e eu achava que nunca iria realizar. Eu não acreditava nesse potencial, mas aqui acreditaram e hoje eu componho a orquestra do Um Sonho de Natal”, explicou.

A médica, que também trabalhou na linha de frente no pico da pandemia de Covid-19, conta que o Natal de 2021 é um momento de esperança para os manauaras. “Os momentos vividos no pico da pandemia foram de caos e medo. Agora, estamos em um momento mais tranquilo, e o Natal vem para trazer alegria e esperança. Quando as pessoas assistem o espetáculo, vemos que o sentimento delas muda. Elas vivem a emoção do verdadeiro Natal”, finalizou.

DESAFIO

O engenheiro ambiental Valdenor Brasil, 61, que interpreta o avô do menino Charlie, explica como foram os preparativos para a estreia. “As técnicas de apresentação foram adquirias nos ensaios da igreja. Nunca imaginei fazer um personagem como esse. Estar junto com pessoas de várias idades e com o mesmo objetivo é uma grande emoção. Todos se ajudam e se motivam a continuar”, relatou.

Conforme a direção do espetáculo, a montagem conta com efeitos especiais inéditos, fazendo com que o público faça parte da história. Após a estreia, neste sábado, o musical ficará em cartaz todos os dias da semana.
De segunda a sexta-feira, as apresentações serão sempre às 20h. Aos sábados,17h e 20h. Aos domingos e dia 25 de dezembro, às 15h, 17h30 e 20h.

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