O Unicef alerta que as crianças em idade pré-escolar são as mais atingidas pela falta de acesso à educação remota.

Segundo a entidade, 120 milhões de crianças em idade pré-escolar (70%) estão sem ensino e aprendizagem, “em grande parte devido aos desafios e limitações da aprendizagem online para crianças pequenas”. Nesta etapa, faltam programas adequados de aprendizagem remota e bens domésticos para concluir o ensino.

No ensino fundamental, ao menos 29% dos estudantes dos primeiros anos deste ciclo (217 milhões) e 24% (78 milhões) dos estudantes do ciclo final estão sem aprender formalmente.

Já os estudantes do ensino médio tiveram menores prejuízos, proporcionalmente. Pelo menos 48 milhões de adolescentes (18%) não estão tendo os recursos tecnológicos para acessar a aprendizagem remota.

Desigualdade no acesso ao ensino remoto

A África teve a maior parcela de estudantes não alcançados pelas atividades remotas: 49% dos alunos estão sem aprendizagem durante o período. A América Latina e o Caribe possuem o menor índice, de 9%. No entanto, em diversos países a percepção é de que a aprendizagem está defasada.

“Os resultados revelam grandes lacunas no acesso a dispositivos eletrônicos, como computadores ou telefones celulares, e para conexões de internet ou outras modalidades de distância educação, especialmente em áreas pobres e rurais”, diz o Unicef.

“Mesmo quando as crianças têm a tecnologia e as ferramentas em casa, elas podem não ser capazes de aprender remotamente por meio dessas plataformas devido a outros fatores em casa, incluindo pressão para fazer tarefas domésticas, obrigação de trabalhar, um ambiente ruim para aprendizagem e falta de apoio para seguir o currículo online ou sua transmissão”, alerta a entidade. Com informações de G1.

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