O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta quinta-feira (14/1) que a Coronovac, vacina contra a Covid-19 produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, trará a “tranquilidade” de não agravar a doença no país.

“A vacina do Butantan vai ser muito importante se aprovada pela Anvisa porque vai trazer a tranquilidade de não agravar a doença, ou seja, as pessoas que tomarem a vacina pelo menos não terão a doença agravada e não cairão numa UTI (Unidade de Terapia Intensiva) ou num respirador”, disse Pazuello durante a transmissão semanal ao vivo nas redes sociais do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Na terça-feira (12/1), o Butantan divulgou que o imunizante registrou 50,38% de eficácia global nos testes realizados no Brasil.

O índice diz respeito à capacidade do imunizante de proteger em todos os casos, sejam eles leves, moderados ou graves. O percentual mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é de 50%.

Na semana anterior, o Butantan divulgou que a Coronavac atingiu 78% de eficácia nos testes no Brasil na prevenção de casos sintomáticos leves, mas que necessitaram de cuidados médicos. Esse percentual, no entanto, não diz respeito aos voluntários que não precisaram de atendimento.

“É importante compreender que mesmo com a eficácia baixa em relação às demais vacinas, acho que você poderia transformar a pergunta a partir de uma expectativa de uma eficácia muito alta. Ai tem uma informação que é mais baixa, que é mais baixa, e agora chegamos a um número perto do limite da eficácia. Isso é o que a Anvisa está fazendo agora. No momento que ela concluir que os números estão corretos, que a documentação está perfeita, como tem que ser, aguardamos essa autorização para vacinação, e vamos utiolziar todas as vacinas aprovadas pela Anvisa”, prosseguiu Pazuello.

O Butantan solicitou à Anvisa o uso emergencial da vacina. No início da semana, a agência informou que deve decidir no domingo (17/1) sobre a liberação.

Caso seja concedida a autorização de uso emergencial, os imunizantes estarão liberados para serem aplicados na população brasileira. Segundo o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o país estará pronto para começar a campanha de vacinação contra o novo coronavírus até quatro dias após aprovação do órgão regulatório.

Com o registro em caráter de urgência, porém, só podem ser imunizados grupos de risco, que serão acompanhados para avaliação de efeitos colaterais e eficácia dos imunizantes. Para que a campanha de vacinação em massa seja iniciada, é preciso o registro definitivo – ainda não solicitado por empresa alguma, até o momento.

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