O brasileiro come muito sal. Segundo um levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a população brasileira, de uma forma geral, ingere, em média, 9 gramas de sal por dia – 4 gramas a mais do que as 5 recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

O excesso de sódio, a longo prazo, provoca o surgimento ou agravamento de doenças como hipertensão arterial, pedras nos rins e insuficiência renal. Além disso, aumenta as chances das doenças autoimunes, piora a osteoporose, afeta o paladar e acelera o envelhecimento.

Desde 2017, o Ministério da Saúde tem adotado protocolos de promoção de alimentação saudável e redução de sódio nos alimentos. A OMS estabeleceu como meta mundial diminuir o consumo de sal em 30% até 2025.

De acordo com a nutricionista e gerente de projetos da RG Nutri, Mirella Pasqualin, o sódio – presente no sal de cozinha – é o que mais preocupa. Mirella sugere que hábitos cotidianos sejam revistos para que a recomendação da OMS seja atingida.

“Ninguém consegue tirar o sal de uma vez da alimentação. A redução deve ser feita de maneira planejada e consciente. Temos que ir treinando nas pequenas atitudes cotidianas, na hora de cozinhar e temperar os alimentos, fazer novas escolhas alimentares em casa, nos supermercados e até nos restaurantes”, afirma.

Para chegar ao consumo das 5g de sal diárias recomendadas pela OMS, a nutricionista sugere pequenas mudanças dentro e fora da nossa cozinha.

Aposte em ervas – O uso de temperos prontos aumenta, e muito, a quantidade de sal nos alimentos, explica a especialista. Hortaliças como a cebolinha, a salsinha e o manjericão, e especiarias como o cravo e a canela ajudam a diminuir a quantidade de sal nos alimentos.

Dê uma chance aos sabores agridoces – Mirella sugere o preparo de pratos agridoces, de preferência os que são ‘temperados’ com frutas como a laranja e o abacaxi ou o mel. A nutricionista lembra, entretanto, que o açúcar é um ingrediente bastante utilizado em combinações agridoces e, o excesso dele também faz mal. “Procure alternar para que o seu paladar não fique centrado apenas em um tipo de tempero”, sugere.

Coloque potássio na alimentação – O potássio, segundo a nutricionista, é um elemento importante para o sistema cardiovascular, para o fortalecimento dos ossos e o funcionamento dos rins. Uma forma de equilibrar o consumo de sal é adotar alimentos ricos em potássio como abacate, banana, batata doce, abóbora e espinafre, entre outros.

Observe o rótulo dos alimentos – Mirella afirma que, mesmo com a correria do dia a dia, é importante ler a tabela nutricional dos produtos. Adotar alimentos que contenham pouca quantidade de sal é uma das saídas para evitar doenças.

Tire o saleiro da mesa – Segundo a nutricionista, este é um dos vilões do excesso de sal. “ Muitas vezes, na refeição, o alimento já está com uma quantidade de sódio satisfatória, mas, de maneira inconsciente, muita gente coloca mais sal na comida ou no lanche”, observou.

Mirella Pasqualin afirma ainda que o segredo, tanto para reduzir o consumo de sal na alimentação, como para equilibrar as propriedades nutricionais dos alimentos no organismo é o bom senso.

“Não existe nada que seja proibido na alimentação, exceto se a pessoa tiver algum problema de saúde ou sofrer de alguma restrição alimentar. O importante é o bom senso e o equilíbrio e a variedade entre os alimentos ao longo do dia e da semana”, aponta. (Metrópoles)

 

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